segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

U2 EUA TRIP - PHILADELPHIA, NEW YORK E - FINALMENTE - BRASIL!


Não é fácil blogar sobre uma viagem em tempo real. Definitivamente. Os posts vão se acumulando e quando a gente volta a vida real o dia a dia nos consome. Há quase 2 meses retornamos da viagem das nossas vidas e eu ainda não consegui fazer o post final. Agora, num avião para Brasília, assistindo os filmes do ultimo show, acho que vou conseguir.

Na 6a-feira após o show de Charlottesville tinhamos até 1 da tarde para fazer o checkout do Sleep Inn. Acordamos tarde e na recepção reservei o Hotel na Philadelphia, nosso próximo destino. Graças ao Priceline.com e a um pouco de sorte, achamos um Comfort Inn em pleno centro da cidade, por US$58 + taxa, o quarto. Na saída, uma passada rápida na BestBuy mais perto, para manutenção da taxa de comprismo. Sarlof comporou mais acessórios para seu PlayStation. Encontramos 2 brasileiros, um deles (Igor, se não me engano) morava em Charlottesville e compartilhava da nossa preferência (em vários aspectos) por Washington a New York. Estrada, nossa GPS no guiava. Paramos para comer num Mall pelo caminho e vimos uma verdadeira pérola escondida. Uma "cantinazinha" italiana, com decoração aconchegante, excelente pizza e saborosa sobremesa. Na saída , uma norte americana percebeu que eu era brasileiro (por causa da camiseta do Bahia, sei lá) e me cumprimentou pelo Rio de Janeiro ter ganho a sede das Olimpíadas de 2016. Ela era de Chicago, a concorrente. Orgulho, barriga cheia, pista.

Chegamos na Philadelphia umas 8 da noite. Direto ao centro, e de longe já temos a vista do City Hall bem ao meio, predio antigo e bonito. Depois de algumas brigas com a GPS ("ela" ainda não tinha encontrado o destino preciso) e discussões entre mim e Sarlof, chegamos, estacionamos e descarregamos o monte de malas recheadas de comprismo. Conseguimos alugar um frigobar por $10 para botar as cervejas que compramos em Washington e ainda não haviamos conseguido derrubar. Depois de um planejamento ágil, resolvemos andar para a região mais movimentada, usando o mapinha e as dicas que peguei na recepção. Passamos por um caminho meio deserto, porém 15 minutos depois já estávamos tendo uma amostra da movimentação e descontração de Philly.

De U2 EUA TRIP - PHILADELPHIA - 1st PART

Procurávamos algo para comer e beber, nesta ordem, quando Larissa vista uma "portinha" com um cara simpático à frente escrito "Belgian Tavern - Beer Haven". Meu coração disparou! Estava decidido. O lugar era mesmo o paraíso da cerveja, com dezenas de tipos de todos os teores alcóolicos, sabores e locais do mundo. Erin, nosso atendente, nos dava algumas dicas e começamos a brincadeira. Eu e Bob bebemos a Pirate, uns 10% de alcool. Larissa preferira a tradicional e deliciosa Duvel. A partir dai foi um festival etílico (de cervejas escuras e tradicionais, até umas com gosto de Salompas Gel ou Framboesa) e gastronomico (boas carnes com fritas e provolone, além do tipico mexilhões ao molho de cerveja, dica de Erin). Larissa pediu uma rodada de água para segurar nossa onda. Sarlof fez uma série muito engraçada de filmagens onde quase nada se vê, mas, segundo ele, "o que importa é o ááááááuuuudiooooo". Na hora de sair deixamos nosso bilhete no caixão ao lado do banheiro, onde tem um esqueleto e uma série de tranqueiras (principalmente bilhetes e cartões de visita) deixadas pelos visitantes. No andar de baixo tirávamos varias fotos da decoração quando conhecemos três figuraças. Os caras eram belgas que estavam ali de férias, enchendo a cara. Eles tinham até "Bob" deles: Rud, que tranquilamente curtia sua bebedeira sentado do lado de fora. Que noite! Como filmamos na saída, a viajem podia acabar ali. No quarto ainda bebemos uma cerveja só para justificar o aluguel do frigobar e fomos dormir.

Dia seguinte fizemos uma sessão de Fast Turismo, passando de carro pelos principais pontos do centro. Nossa unica parada foi no Museu de Arte, local da famosa cena da escadaria do filme Rocky, onde também tem uma estátua do fictício pugilista. É claro que tiramos as fotos tipicas de turista, ao lado da estátua e no topo da escada (de braços para cima, lógico), mas nada se compara a impagável filmagem de Sarlof Balboa, subindo as escadas correndo do mesmo jeito que o pugilista. Essa merece edição e vai para o YouTube. Na saída, na Benjamin Frankling Parkway (onde tem uma fonte de água cor de rosa, que Sarlof Becket não sei por que adorou) procuramos ansiosamente - dentre tantas - a nossa bandeira brasileira. Para nossa surpresa a parte azul estava toda branca. Ficamos indignados, dissemos até que procuraríamos a embaixada. Nada fizemos. A bandeira ainda deve estar lá do mesmo jeito. Enfim, a passagem pela Philadelphia foi rápida e intensa, mas deixou saldade. Um dia voltaremos com mais tempo.

De U2 EUA TRIP - PHILADELPHIA - 2nd Part

Chegamos em Manhattam de carro, no final da tarde. Coincidentemente no CD o U2 cantava New York, New York (um MP3 de uma gravação ao vivo, que consegui com um amigo). Estacionamos perto do antigo World Trade Center. Fomos comprar o que faltava de eletronicos e depois retornamos a Times Square, para uma ultima volta. Desta vez fomos na loja da M&M, pois Larissa não sossegaria. O "aljantar" foi no Texas BBC (eu disse a Sarlof, "eu entro com a barba, você com o resto"). Muita comida (gordurosa, é verdade) e cerveja Stella Artois. Eu já estava bem morto de cansado. Fomos para o hotel (esqueci de dizer, mas também reservei via Internet, na recepção do Comfort Inn de Philly), desta vez um Marriot super novinho, proximo ao aeroporto de LaGuardia. Deixamos para os funcionários nossas cervejas não consumidas. Dia seguinte arrumamos a bagagem e demos uma passada na Toy Rus, gigante loja de brinquedos ao lado do Marriot (comprei uma guitarrinha bala para meu sobrinho) e tomamos o rumo do Brasil. Felizes, realizados e cansados, chegamos em casa. Saudades do nosso lar. Eu e Larissa mortos de vontade de ver os meninos. Aí foi sessão de abrir presentes e contar um pouco da nossa aventura.

A nossa cobertura da viagem fica por aqui. Deu trabalho, mas valeu a pena. No futuro, nossos filhos e netos terão a sua disposição esses registros que agora ficam para a eternidade. Obrigado a você que acompanhou, se divertiu e, até, se emocionou junto conosco. Em junho de 2010 estaremos em Anaheim, pertinho de Los Angeles, para mais um show da nossa banda preferida. Depois esticaremos para Las Vegas. Bora?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

U2 EUA TRIP - O SHOW em Charlottesville - a 3a visão - parte 2



Por volta das 17h o acesso ao Scott Stadium estava bem tranquilo, até chegar a uns 500m (segundo "nossa" GPS) antes do estádio, quando começávamos a ver carros estacionando e alguns flanelinhas (sim, eles também tem isso) apontando opções. Observei um adolescente com um papelão escrito "Parking $20" e uma seta a direita. Resolvemos arriscar (eu ja sabia que essa brincadeira não sairia por menos de 20 doleta) e segui a seta, subindo uma ladeirinha. Na frente de uma casa, outro jovem sentado tranquilamente com seu Macintosh aguardava novos clientes (impossível imaginar uma cena dessa no Brasil, né?). Paramos na frente da garagem. Conversei um pouco com o rapaz, que aproveitava o show do U2 para fazer uma graninha. Na área disponível daria para parar uns 6, 7 carros. US$140 dariam para fazer uma boa farra.

O estádio era como imaginávamos. Pequeno, um entorno tranquilo. Engraçado é que o nele tem uma abertura,, de onde dava para ver o palco perfeitamente. Num gramado em frente, algumas pessoas já se acomodavam para assitir a melhor banda do mundo de camarote, e de graça! Pegar o ingresssos no Will Call foi fácil e rápido. Vender o ingresso excedente que tínhamos, impraticável (virou souvenir de $250, para servir de auto-flagelação à nossa amiga desistente). Comprar uma cerveja, impossível! Ainda do lado de fora, compramos nossas camisas oficiais do show em Charlottesville ($40 cada, preço padrão) e resolvemos entrar.

Nossa localização era muito privilegiada, para ficar perfeita podia ser um pouquinho mais para a esquerda (pegaria uma visão mais de frente), mas não tínhamos do que reclamar. Sentamos na seção 122, fileira J, cadeiras 1 a 3. As pessoas iam chegando, muitas com comida (Domino's Pizza, Hamburger, Hot Dog, Fritas, só tranqueira) e refrigerante. O cheiro e a fumaça das frituras se espalhava pelo estádio. De vez em quando até nos confundíamos com os efeitos de gelo seco do show, hehehe. No alcool inside Stadium. Putz! Teríamos que assistir ao show totalmente "de cara". Fazia um friozinho, todos de casaco e Sarlof, o presepeiro, de cachecol e luvas. Ô viadagem!

Finalmente conseguimos assitir ao show inteiro da Muse. Foram só 45 minutos, mas que agradaram bastante. Percebemos que o público local, formado em boa parte por estudantes da Universidade da Virgínia, curtia bastante a banda e conhecia as músicas. O baterista da banda se parece muito com o Salsisha do Scooby Doo. O vocalista lembra o do Radio Head, da mesma forma que o estilo musical. (Bob já baixou e me passou as músicas da banda, mas ainda não escutei...). Perto das 21 horas o estádio já estava bem bais cheio e o palco se preparava para receber os 4 U2 guys.

Expectativa, uma bela lua cheia, as luzes do estádio se apagam e pela 3a e última vez nessa turnê ouvíamos a musiquinha que precede o show e o relógio girando no telão. Nem começava e já dava saudade! Pudemos vê-os entrar pelo fundo do palco, a platéia em delírio. Eles estavam especialmente animados, muito à vontade. O show começava com Breathe, mas pouco depois perceberíamos uma mudanca legal na ordem das canções, comparando com os 2 concertos anteriores. Na hora de se apresentarem, Bono falou como se eles fossem colegas de Faculdade, Adam era o amigo das Cheers Leaders, The Edge era o Nerd que havia sido salvo pela música, Larry era o líder do grupo e Bono era o relações públicas, um Gentleman. Visivelmente ele, e nós todos é claro, estavam se divertindo muito. Tocar numa cidade universitária tem seu encanto. O publico permaneceu em pé e vibrando o show inteiro. Dos 2 show, aquela era a melhor audiência sem a menor dúvida.

Tiramos muitas fotos e fizemos ótimas filmagens. Destaque mais uma vez para "I'll go Crazy" em remix, quando filmei Bob e Larissa e me controlei para não pular muito e tremer demais a câmera. Em "Where The Streets Have No Name" Larissa assumiu a direção enquanto eu e Sarlof fazíamos a maior algazarra segurando a camisa do Brasil. Destaque impagável para uma mulher que aparece atrás de mim com um cara-nada-feliz-de-poucos-amigos, torcendo o nariz para nossa atitude-latino-americana-exagerada. Ah, muité, vai se f! Tá num show de Rock é para isso. Se não tá gostando vai assistir uma ópera no teatro! Não estávamos nem aí para ela nem pra p. nenhuma! Era nosso 3o show, curtiríamos cada minuto, isso é que importava. Sarlof Babenco gravou With Or Without You, a música que o deixa reflexivo e emocionado. Dá até para ouvir ele cantando o coro "super afinado". Ah, tomei emprestada de Larissa a música Walk On e tive nela o meu Tears Moment. Na homenagem a Aung San Suu Kyi, quando as pessoas entram usando sua máscara, vem por último e mais afastada uma mulher com uma deficiência física na perna. Me emocionei com aquele singelo exemplo de coragem e perseveranca, pensei em meus filhos, amigos, família. Fechei os olhos e agradeci a Deus por sermos todos felizes e perfeitos, dentro das nossas imperfeições. Fechei os olhos e chorei. Larissa ainda gravou o final da música e me pega de relance enxugando as lágrimas. É tão bom deixar a emoção chegar nesse nível e extravasar... a gente se sente mais leve. E isso acontecer num cenário desse tipo é uma dádiva.

Enfim, o show foi todo, todo, todo sensacional. Ainda ficamos um tempo, tiramos mais fotos, encontramos duas amigas brasileiras que moram em Washington. Uma tinha dado o show à outra de presente, ê amigona! Na saída, fotografamos o palco vazio e branco, demos a última olhada e seguimos nosso rumo.

Pegamos o carro com os adolescentes animados com a grana que fizeram (e talvez com a cana que tomaram, assim suponho). Charlottesvile estava travada. Engarrafamento para todo o lado. Brincamos que os policiais tinham feito curso por correspondencia com a nossa SET (hoje Transalvador). Tomamos a direção contrária à indicada por Sarlofa. Por acaso fomos parar nos bares frequentados pelos jovens universitários, onde rolam as baladas. O máximo que conseguimos aquela altura foi parar numa loja de rango 24h (avistada por Sarlof em pleno engarrafamento, ele soltou enquanto segui e parei numa rua à frente pagando 5 doleta de estacionamento), comprar sanduíche misto frio e chocolate quente, comer dentro do carro mesmo e voltar para nossa suíte presidencial do Holiday Inn. Walk on, stay safe tonight.

A 3a visão se concretizara de maneira espetacular. Dia seguinte, a Philadelphia nos esperava.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

U2 EUA TRIP - O SHOW em Charlottesville - a 3a visão - parte 1



O planejamento do dia 01 de outubro de 2009 sem dúvida foi o mais simples da viagem: 1) Acordar; 2) Almoçar; 3) Show do U2. O Sleep Inn fez juz ao nome. Acordamos todos quase ao meio dia, obviamente perdendo o breakfast que estava incluído. Precisávamos recuperar as energias, então deixamos para lá qualquer iniciativa de turismo, embora a cidade bem que merecesse (o passeio a Monticello, a fazenda que foi de Thomas Jefferson, parecia tentador). Fomos direto a downtown e paramos no mesmo estacionamento da famigerada (ou seria faminta?!) noite anterior (detalhe: saímos sem pagar, pois 1 hora da manhã até o pessoal da guarita tinha fechado as portas).

De U2 EUA TRIP - CHARLOTTESVILLE

De dia, e mais movimentado, o simpático centro de Charlottesville lembra as cidadezinhas do sul do país. Lojinhas, restaurantes, cafés, mesas no centro da rua (que não passa carro). Procurávamos um local para comer um Steak, que Larissa tinha visto num guia no Hotel. A cada um que pedíamos informação a dica apontava para um lugar ainda mais longe. Na busca fomos abordados por algumas pessoas, por estarmos "fardados" com as camisas do U2. Uns pediram dica sobre horários de início e término (depois de 2 show, nos sentíamos "os próprios" explicando como tudo funcionava). Uma figura foi Robert, um coroa ex-músico morador da cidade, que puxou papo conosco mostrando uma ponta de inveja por estarmos indo ao show. Conversamos um pouco e ele ficou bem impressionado com o nível de atenção que recebeu da gente. Não estava acostumado com isso. Foi convidado a ir conosco, mas preferiu colocar sua carta no correio e voltar para sua vidinha pacata e previsível (falo isso sem crítica nem juízo de valor, apenas relatando como nos pareceu). Desistimos do Steak, pois já era quase 3 da tarde e a fome já se transformava em dor de cabeça, tontura e lerdesa.

De U2 EUA TRIP - CHARLOTTESVILLE

Paramos numa cantina italiana que vimos no caminho. Tradicional toalha de mesa branca e vermelha quadriculada e pratos aparentemente bem-servidos. Passamos ao lado de um jovem que acabava de almoçar sozinho. Sentamos e começamos a conversar quando fomos interrompidos por ele: "Com licença, vocês são brasileiros?". Maicon sentou conosco e contou que estava ali sozinho para assitir ao U2, pois conseguiu conciliar uma reunião de trabalho (ele trabalha na Ambev) no período. Depois que se mudou de Sampa para Fortaleza 3 dias antes do show do U2 no Morumbi (ele morava a 5 minutos do estádio) e perdeu a turnê Vertigo, foi a forma que ele conseguiu de assitir ao seu primeiro concerto. Nem iamos beber, mas depois que veio um pãozinho com manteiga pedimos 3 Becks, cerveja fabricada pela empresa do rapaz. Batemos um bom papo, contamos algumas das nossas peripécias e ele ainda teve a honra de conhecer Sarlof. Foram boas risadas. Ele saiu antes pois iria andando ao show e queria, assim como nós, chegar cedo (combinamos de nos encontrar por lá, mas não rolou). Já havia pegado os ingressos no Will Call e até encontrou um australiano que estava indo no seu sétimo show, vestia uma camisa com o mapa de cada local. Tá vendo? Depois você acha que exageramos em assistir 3 shows.

De U2 EUA TRIP - CHARLOTTESVILLE

Para o almoço, tinhamos batido o olho num Filé a Parmegiana com spaghetti ao sugo que parecia uma delícia. Antes de pedir, perguntamos ao garçom (ele só servia bebida, era uma outra que cuidava do rango) se um tal de Eggplant Parmegiana era carne. Ele disse que sim. Até que estava gostoso, mas foi Larissa que chamou atenção: "Vocês perceberam que isso aqui não é carne, parece um omelete?". Era uma espécia de Beringela à Milanesa. Comentamos "essa vai para o blog. Pedimos um filet à parmegiana, mas esqueceram o filé". Depois pensei "somos muito expertos mesmo, como poderiamos querer que EggPlant - planta e ovo - virasse carne?". A fome era tanta que sé enxergamos PARMEGIANA. Até que tava gostosinho. Saímos de lá depois de algumas "compritas" e um sorvetinho tradicional (na frente, tinha uma barraquina de café chamada The Java Hut, o Java sempre no meu caminho).

De U2 EUA TRIP - CHARLOTTESVILLE

As 16:30 rumamos para o estádio. E começávamos a sentir um friozinho na barriga...

De U2 EUA TRIP - CHARLOTTESVILLE

U2 EUA TRIP - On The Road - Washington para Charllotesville

Duas horas e meia, com folga, separam Washington de Charlottesville. Entre as duas cidades, tínhamos uma parada programada no Potomac Mills, um mega-outlet com cerca de 220 lojas. Um paraíso do comprismo. Segundo Sarlof, um outlet está para o comprista assim como Meca está para o muçulmano.

Cheguei sem tomar café. E já era umas 11 horas. Peguei um milk-shake na Haagen-Dasz e fui atendido por uma carioca. Brasileiro parece ácaro, a gente acha em tudo que é canto. Ao todo passamos umas 6 horas neste mall. E foi pouco, pois tem lojas grandes que nem entramos. No meio da tarde, intervalo para almoço no Texas Grill; caímos na "tentação do palito". Uma oriental espeta umas carrninhas - gostosas rapaz… - para a gente provar. Não foi a melhor refeição da viagem, mas nos livramos mais uma vez de hambuguer. Sarlof pegou um frango bem apimentado. Se preocuparia com "a saída" só depois (alguém já sentiu aquela sensação "refrescante" de ter comido Vick-Vaporub?)…

Das marcas conhecidas (Nike, GAP, Nautica, Saks) até as lojinhas mais "suspeitas" (aquelas onde tudo custa "TLINTA E CINCO"), não faltam opções. Casaco, bolsa, ténis, camisa, jogo de video-game (Bob comprou 5 de PS2 por $52), óculos, relógio, acessórios eletrônicos, teve para todo o gosto. Impossível sair de mãos vazias.

Arrumar isso tudo no carro era um desafio. Aí vemos que as 15 doleta de propina por um carro maior e melhor valeram a pena. Na arrumação das bagagens, paguei cofrinho e desde então tenho que aguentar Bob me sacaneando dizendo que vai colocar moeda de 1 doleta em "La Cofreta". Não vou lhe mentir que foi mesmo engraçado. Como Sarlos conseguiu a façanha de organizar tudo, passou desde então a arrumador oficial de muamb.. quer dizer, malas.

No último trecho pegamos uma estrada sinuosa, já escuro. Chegamos em Charlottesville as 21h, com a ajuda de Sarlofa, a GPS de Bob. "Obrigado, viu filha? Você foi demais", disse Sarlof. A relação entre eles ficava mais intensa com o passar dos dias. Nos hospedamos no hotel Sleep Inn (usando o Tablet PiCa de Sarlof conseguimos conectar na rede wireless gratuita do outlet - coisa rara em nosso roteiro. Durante o dia trocamos e-mail com a gerente do Chalet que havíamos reservado. Deu problema com encanamento e ela teve que nos colocar em outro hotel). Um quarto bem pequeno com cheiro de cigarro e duas camas de casal beeem próximas. A cidade entupida por causa do show, não tínhamos opção (um quarto adicional sairia $99/dia). Dividiríamos o quarto por 2 noites, seria a nossa prova de fogo, uma espécie de No Limite entre quatro paredes. Chegávamos tão pregados à noite que foi mais fácil do que imaginávamos.

Na recepção descobri que em downtown, a uns 3km dali, tinham várias opções de restaurante. Tentei me animar, e aos meus companheiros de viagem, dizendo que pelo menos o jantar seria especial. A ruela central (a Main Street) era bem simpática, mas tava um deserto. A gente ia passando (isso já era umas 22:30h) e as portas se fechando. E Sarlof com seus comentários pertinentes: "É Serbe, você tinha razão. Isso aqui está bombando!". Agora entendo por que chamando de DOWNtown". Com fome e cansado, eu não sabia se ria ou estrangulava ele. Numa esquina encontramos um lugarzinho até simpático, mas com público muito suspeito (GLS, aparentemente muito mais G do que L e S). Segurei na mão de Larissa e puxei-a de lá. Bob, não sei porque razão, queria ficar ali e até hoje fala que eu fiquei com medo. Medo de que Sarlof? Eu to com minha mulher, o alvo seria você...

Até que pedimos ajuda a um funcionário de mais um restaurante que estava fechando. Ele nos indicou 2 lugares, um deles com comida mexicana "muito boa". Fomos ao Ventana. Na porta, enquanto observávamos o movimento interno, um casal (depois ficamos achando que eram os donos) nos estimulou a entrar, reforçando as boas referências que já tínhamos obtido do local. Aparentemente era bem legal mesmo. Sentamos. A decoração era muito bonita e os preços não pareciam exorbitantes.

Pedimos um vinho da região (Monticello, para ser mais exato) e um tira-gosto de 13 doleta com atum e recheio de manga e outras coisas. Parecia diferente, queríamos experimentar algo novo. A garçonete reforçou dizendo ser o preferido dela (bem… ela também recomendou escargot, deveríamos ter desconfiado de algo). Quando chegou o prato, só chegou o prato. Pintado e com uma flor no canto superior esquerdo, em cima de um montinho que com muito esforço renderia 2 garfadas. Ridículo, nem mereceu uma foto (hoje, nos arrependemos). Foi difícil ficar sério conversando com a moça enquanto Larissa (de barriga vazia, com o vinho já fazendo efeito) tinha uma crise de riso. Eu e Bob dividimos o atum (cru, ainda por cima) - o sabor era razoável.

Antes daquele prato semi-vazio a ideia era pedirmos 2 filés para compartilhar. A nossa atendente, que deve ser anoréxica, nos advertiu quanto a 3 poder ser muita comida (eu, de panaca, ainda comentei "talvez seja bom, para não irmos dormir empaturrados"). Com base no que eu acabara de ver, tentei convence-los a pedir um para cada, mas eles (bom, eu também estava no barco) caíram no conto da madame e mantiveram a ideia original. Quanto ao sabor, não temos do que reclamar. Estavam muito gostosos. Para os padrões norte-americanos os filés também tinham um tamanho razoável, mas faltava acompanhamento para dar peso (algo como uma bata grande cozida, purê, fritas ou até mesmo arroz). Ainda tentamos pedir mais um, mas a cozinha tinha fechado (a F.D.P não podia ter nos avisado antes?!). Saímos com fome, mas nos pocando de rir. No meio da rua, Larissa e Bob dançavam e cantavam em coro: "Emo, emo, emo, a gente se f%#emo", "Ida, ida, ida, eu quero minha comida!" e "Ome, ome, ome... estamos é com fome!". De uma maneira estranha e diferente do imaginado, eu tinha razão. A noite tinha sido especial.

No hotel, comi uns 3 biscoitos de amendoim, para aguentar até o dia seguinte. Peculiar, Charlottesville já deixava sua marca em nossa história.

U2 EUA TRIP - O 2o SHOW no FedexField, Washington DC

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De U2 EUA TRIP - SHOW WASHINGTON

A área de estacionamento e o tamanho do estádio FedexField (sede do Red Skins, os "pele-vermelha", time de futebol americano) são impressionantes. Na chegada percebemos o quanto Washington havia se organizado para receber o U2, diferente de New York que, embora com muita gente, parecia esnobar aquele acontecimento ímpar, colocando-o praticamente no mesmo nível de um jogo qualquer ocorrendo em seu estádio.


Depois de uns 15 minutos na fila do Will Call office para pegar os ingressos comprados no site oficial da TicketMaster (no stress desta vez), ficamos algum tempo tentando vender os 3 bilhetes a mais que tínhamos em mãos, dos nossos amigos desistentes. Eles foram comprados a US$30 cada. Somado com as taxas, quase $50. Acredita que um cambista (sim, eles estão por lá. São poucos e discretos, mas existem) teve a cara de pau de me oferecer 10 doleta nos 3!?!?! P.Q.P!!!! Depois dessa, desistimos. Nossos amigos vão amargar esse preju, mas em compensação vão ter um souvenir de lembrança. "O show do U2 que não fui".

De U2 EUA TRIP - SHOW WASHINGTON

Escada rolante para chegar às seções superiores. Para cada uma delas há banheiros e locais de alimentação (espalhando pelo ar aquele cheiro de gordura, cada vez mais insuportável). E tinha cerveja, ainda por cima Guinness!!! Chegamos a uns 20 minutos do início do show do U2, pois o do Muse já tinha ido pro beleléu. A nossa localização (seção 425, fileira 9, poltronas 1 a 6) superou muito nossa expectativa. Lá no alto tínhamos uma visibilidade excelente do palco. Menos atenção nos artistas, mais contemplação do maravilhoso espectáculo de luz e cores. Uma perspectiva diferente do que é estar na pista. Era o que queríamos. A 2a visão.

De U2 EUA TRIP - SHOW WASHINGTON

Como em New York, a plateia meio fria. De cima então, pior ainda. Esse foi um ponto negativo. Especialmente na nossa seção, a grande maioria das pessoas permaneceu sentada o show quase inteiro. A banda tocou praticamente as mesmas músicas - e na mesma ordem - que no show anterior. Para quem esperava alguma surpresa, como eu, ficou uma pontinha de frustração (estava loucos para ouvir eles tocarem Bad, uma das minhas favoritas).

Já tínhamos bebido uma long neck comprada antes de nos acomodarmos. Pensei em descer para comprar uma Guinness e, 5 segundos depois, me aparece um vendedor (ele era um mix de Kurt Cobain com Salsisha do Scooby Doo) trazendo-a. Perguntei: "Are you reading minds"? Tá lendo pensamento? Estávamos prontos para o início do show, que é instigante. Uma musiquinha que não sai da nossa cabeça (ainda vou descobrir de quem é) vai aquecendo o público. Na tela acima do palco aparece uma animação de um reloginho, como se iniciasse uma contagem regressiva. As luzes se apagam, os 4 aparecem pela parte traseira. Larry Mullen Jr entra no palco sozinho e se dirige à bateria, os outros 3 vão por baixo do palco e sobem por uma escada, depois que Larry começa a batida de Breathe. Aí entra a guitarra de The Edge, o baixo de Adam Clayton e, finalmente, o vocal inspirado de Bono. Excelente abertura! (confira no final do post a lista de músicas tocadas)

A abertura do show (gravada não por nós)

Além das músicas de destaque no 1o show (falei sobre elas no post do 1o show; continuam sendo demais!) tivemos alguns momentos que merecem comentários:
  • Get on Your Boots - A preferida do nosso filho Andrei. 4 anos e já sabe o que é boa música. E gosta da mais pesada do disco!
  • Elevation - A 5a música do show. Nosso vizinhos - lá ele - trazeiros que nos desculpem, mas tivemos que levantar (eu já vinha ensaiando isso desde a 2a) e pular. E pular muito. É Rock & Roll na veia, mano. Não dá para ouvir parado.
  • Your Blue Room - Uma das mais lentas do show, quando desci para comprar uma Guinness. Peguei a última (olha que sorte!). Na sequencia tocou Beautiful Day. Do lado de fora eu pulava e ria sozinho.
  • I Still Haven't Found What I'm Looking For - antiga e poderosa. E tudo a ver com nossa trip: "I've run through the fields only to be with you". E nós encontramos o que estávamos procurando. 3 vezes (ainda faltava uma).
  • The Unforgettable Fire - Quando o telão se expande e a cor vermelha toma conta do palco.
    De U2 EUA TRIP - SHOW WASHINGTON

  • Vertigo - Uma das preferidas de Sarlof. Mais uma música que nos fez levantar e pular feito loucos. E na sequencia veio o remix de I'll Go Crazy If I don't Go Crazy Tonight. O pessoal em volta não entendia nada daqueles três malucos dançando em delírio total.
  • Ultra Violet - A primeira música de retorno (eles saem do palco duas vezes). Efeitos visuais incríveis. "Oh sugar don't you cry". Sorry Bono. I couldn't. Não consegui. Só a partir daí que a platéia em peso levantou e assim permaneceu até o final do show. Até que enfim!
  • One - a música tocada por eles no segundo retorno. O bispo Desmond Tutu aparece no telão numa mensagem otimista e bem humorada. O estádio se apaga e os efeitos das luzes do celulares e cameras somados à luzes emitidas pelos Globos no palco emocionam.
Durante o show eu e Sarlof tentamos dar uma fugidia para comprar mais uma cerva. Para a nossa surpresa as 22h eles suspendem a venda (o show só acaba 23:30h). Ficamos putos, mas entendemos que é uma medida interessante para evitar excessos. Nesse meio tempo tocou Walk On e Larissa teve mais uma vez seu momento, desta vez sozinha.

De U2 EUA TRIP - SHOW WASHINGTON

Na saída, cada um comprou uma camisa por 40 doleta (preço padrão em todos os shows): Eu, a da turnê, Bob, a da música "I'll Go Crazy..." e Larissa, a do show do FedEx, com a data 29/09/2009, em homenagem ao nosso pequeno Bruno. A volta foi muito mais fácil do que poderíamos imaginar. Do mega-estacionamento tinham várias saídas. A que pegamos estava tranquila então não enfrentamos nenhum engarrafamento.

De U2 EUA TRIP - SHOW WASHINGTON

Já no hotel, o sanduba nos aguardava. E mais uma noite de sono em estado de graça. Dia seguinte rumaríamos a Charllottesville para uma nova etapa desta incrível trip.

U2 EUA TRIP - Washington DC Surpreendente - Parte 2

29 de setembro de 2009. Um dia totalmente especial por duas razões. Aniversário de 1 ano do nosso segundo filho, Bruninho. 2o show do U2 da nossa turnê. Felizes, mas com o coração apertado, tomamos café da manhã no hotel, onde conectamos na internet wireless para falar com os meninos. Cantamos parabéns juntos, com um mini-cake comprado por Larissa, e uma vela trazida por uma simpática garçonete. Começamos bem.


Daí partimos para o Wal-mart mais próximo, para manter a taxa de comprismo em limites aceitáveis. Tivemos que ser rápidos, portanto contidos (Larissa queria mais), porque iríamos novamente a Washington DC tentar conhecer o Capitólio (onde funciona o congresso americano) e visitar pelo menos um museu. Pegamos a linha verde do metro para uma baldeação, soltando na Capitol South. Já estávamos craques!

De U2 EUA TRIP - WASHINGTON DC - 2nd Part

Beleza e imponência do Capitólio impressionam. De lá vemos o obelisco e o Lincoln Memorial no extremo oposto. Muitas fotos e algumas filmagens da Sarlof Multimedia Corporation, que brevemente serão editados e publicados. Passamos pelo belo prédio do palácio da Justiça (onde é claro Larissa tirou uma foto), com suas enormes colunas, e pelo Jardim Botânico (em sua frente um belo jardim e, na calçada do entorno, cententas de espécies de pantas indicadas po plaquinhas) até iniciar a região de museus.

De U2 EUA TRIP - WASHINGTON DC - 2nd Part

Entramos no museu Aero Espacial. Foguetes, réplicas de aviões antigos e modernos, cápsulas lunares (e toda a história dos Apolos), simuladores de voo, uniformes de astronauta, fotos, muita informação histórica e, é claro, lojinha para gastar doleta. Lá registramos mais um alter-ego do nosso personagem: Captain Sarlof.

De U2 EUA TRIP - WASHINGTON DC - 2nd Part

Decepcionante foi não ver nada sobre o nosso Santos Dumont. Um amigo meu disse que tem um cantinho para ele, mas não encontramos. Em contra-partida tem uma sala inteira dedicada aos irmãos Wright, a quem os americanos (e na maioria dos países do mundo) atribuem a invenção do avião. Este trecho extraído da wikipedia nos ajuda a entender melhor a disputa: "Apesar de a maioria dos países do mundo considerar os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903, com o uso de uma catapulta, o 14-Bis teve uma decolagem auto-propulsada, e por isso, Santos Dumont é considerado em seu país de origem, o Brasil e em alguns países, como a França, como o 'Pai da Aviação'."

De U2 EUA TRIP - WASHINGTON DC - 2nd Part

Foi Larissa que encontrou o avião U-2 Lockheed. Registramos o marcante momento, Há quem diga que o U2 tem esse nome por influência deste avião, pois ele foi abatido pela URSS dois dias antes do nascimento de Bono Vox.

De U2 EUA TRIP - WASHINGTON DC - 2nd Part

Essa foi uma visita relâmpago, fizemos em 1 hora e meia o que precisaria de praticamente um dia inteiro. Nesse dia inauguramos o Fast Turismo, recurso que novamente seria utilizado no decorrer da nossa trip.

Batemos um hot-dog an rua mesmo (o chilli tava uma delícia), só para segurar a onda. No mall ao lado do hotel, comida tipicamente americana. Só junk food. Pegamos as promoções com duplo cheeseburger, refri e fritas no Wendy's. Eu e Larissa comemos no carro, enquanto Sarlof passava no mercado ao lado para comprar um big sanduíche (dessa vez sem fritura) que seria nossa salvação após o show.

Alimentados, já quase 7 horas da noite, nos dirigimos ao FedexField. Mais um show do U2 nos aguardava.

De U2 EUA TRIP - WASHINGTON DC - 2nd Part

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

U2 EUA TRIP - Washington DC Surpreendente - Parte 1

Ao dizer "estamos indo visitar Washington" é unânime ouvir "vocês vão adorar". Escolhida inicialmente apenas em função do local do segundo show do U2, a capital dos EUA se revelou uma grata surpresa.


Em nosso primeiro dia planejamos visitar pontos históricos pela manhã e os mais de 10 museus gratuitos à tarde. Claro que não deu certo. Fomos de carro até Greenbelt, a estação final do "cinturão verde", uma das linhas do metrô. Deixamos o carro num imenso estacionamento a $4.75/dia. O valor do ticket é dado em função da distância percorrida e do horário (existe uma tarifa reduzida e uma normal). Com o auxílio de um funcionário compramos o bilhete para soltar na Metro Station. Numa mini-viagem de 1/2 hora podemos contemplar a paisagem, pois o trem fica a maior parte do tempo na superfície. Comparado a New York, o sistema é bem mais fácil de entender, as estações são muito mais limpas, organizadas e sinalizadas.

Para sair da estação é preciso colocar novamente o bilhete. Perdi o meu, puts! Uma funcionária me disse para sair por um portãozinho ao lado. Descobriríamos mais tarde (a duras penas, você saberá porque) que existe uma máquina de auto-atendimento (aqui é o país do self-service) para a Exit Fare, a taxa de saída, utilizada no caso de termos pago um valor insuficiente para sair em determinada estação. Antes de chegarmos à rua, uma enorme loja da Macy's. Aí Larissa ficou feliz! Alguns minutos olhando, mas nenhum comprismo efetivo praticado. Não era a hora.

Andamos em direção à Casa Branca. No caminho, belíssimos prédios de mármore dedicados ao senado. Passamos pela parte de trás. Ela nos pareceu mais próxima e menor do que víamos em imagens. Contornamos. Observamos muitas obras na rua e em construções. Por aqui eles tem uma preocupação muito grande com conservação e limpeza. E tudo muito bem sinalizado (encontrávamos plaquinhas "você está aqui", mostrando o que tinha na região em torno). De frente a White House é realmente bonita. Belíssimo jardim. Em sua frente um policial e sua viatura estavam atentos a qualquer movimento estranho. Larissa fotografou o Cop, a engraçadinha, dizendo querer mostrar depois para as amigas esse "Copão". Deixei, que posso fazer? :-D

Em sua frente, em linha reta, está o monumento construído em homenagem a Washington. Visto de qualquer ponto da cidade, o obelisco é realmente impressionante. Passamos por ele, rumo ao Lincoln Memorial. Uma caminhada agradável numa ampla área verde e arborizada. Foi marcante o Memorial da II Guerra Mundial. Lindíssimo, com uma fonte ao centro e cercado por pilares com os nomes dos estados norte-americanos. O lago à frente do memorial Lincoln me lembrou daquela cena de Forrest Gump, quando ele faz um discurso que ninguém ouve (alguém retira os cabos de som) até que conclui algo como "that's all I have to say about it". O povo aplaude e aquela sua namorada Jenny aparece e corre para ele passando por dentro do rio. O memorial em si também é bem bonito, sua escadaria é meio cansativa (Larissa resolveu ficar lá por baixo, o joelho incomodava), mas a visão do alto vale a pena. Ao centro, uma escultura enorme de Lincoln sentado em sua poltrona. Lembramos que esse era um dos locais que nosso amigo Cláudio, que não pôde estar conosco, mais queria visitar. Compramos um postal que, obviamente (não por falta de vontade), não enviamos. Entregaremos em mãos.

Fizemos uma parada para um lanche meia boca e umas comprinhas básicas numa lojinha. Uma mini-escultura mostrava Lincoln numa posição meio suspeita. Tive e impressão que, se fosse vivo, ele estaria morando em New York, na Gay street. Também registramos Sarlof (um verdadeiro mito e um mundo paralelo estão se formando em torno dele) de cartola.

Na hora de pagar, Larissa deixou 10 doleta de bônus. O cara errou no troco. Ela só viu do lado de fora, tentou argumentar mas ele tinha convicção que estava correto. Estávamos cansados demais para discutir numa língua estrangeira por causa de $10. Para o Thomas Jefferson Memorial pegamos um taxi, pois a paletada seria maior. Valeu a pena, pois tivemos uma outra visão, com um rio à nossa frente. Mais mármore branco, limpo e lindo. Jefferson em pé, ao centro, observando tudo. Na parte inferior, próximos aos banheiros (e incrivelmente sem muito destaque para isso) mais informações sobre esse que foi (definição de Sarlof) o Leonardo da Vinci americano da época. O cara era fazendeiro, inventor (por exemplo, de uma máquina copiadora de cartas, permitindo escrever 2 por vez), fundou a universidade da Virgínia e assinou a declaração da independência em 1776. O "cão chupando manga˜.

Andamos até a estação Smithsonian. Umas 17h, não tínhamos mais energia para ver nada. Museus ficariam pro dia seguinte. Compramos 3 bilhetes pagando o mesmo valor da vinda. Já em Greenbelt, Bob Sarlof conseguiu sair. Eu e Larissa fomos barrados (o ticket voltava e a "catraca" - não achei um nome melhor - não abria). Como na ida, pensei em sair pelo mesmo portãozinho. Um senhor, nos chamou atenção dizendo que não podíamos passar por ali. Explicamos que compramos juntos os 3 bilhetes e que Bob havia conseguido sair. Por que nós não? Dissemos a ele o nome da estação de onde viemos e quanto pagamos. Ele fez Bob voltar, afirmando que ele havia aproveitado que alguém saiu e pegou "a ponga". Ficamos putos com esse pré-jultamento. Ele nos levou à maquininha da Exit Fare e tentou nos explicar que no horário que saímos a tarifa seria a normal (não a reduzida, como pensamos) e por isso precisaríamos pagar a diferença. Fez uma demonstração muito mal-humorada e virou as costas. Não resisti e voltei, indignado com aquele F.D.P. nos tratando como cachorro. Chamamos ele de volta dizendo não aceitar ele afirmar que Sarlof estava se aproveitando. "Não é pelo dinheiro, mas sim pelo julgamento que o Sr. está fazendo de nós". Só queríamos explicação. Vendo nossa irritação o gentil senhor pediu para nos acalmarmos e finalmente conseguiu nos explicar a situação. Disse que a catraca abriu indevidamente para Bob, que isso acontece de vez em quando. Antes de chegar nesse ponto ele chegou a sugerir "vocês querem chamar a polícia para resolver isso?". Sarlof, corajoso, respondeu "Take it easy. Just explain Sr.". Calma meu amigo, só queremos sua generosa orientação. Pagamos, saímos. E depois, xingamos, xingamos, xingamos e xingamos. Hoje, rimos.

No caminho conseguimos finalmente comprar umas cervejas e uns nachos com creme apimentado de queijo. Pedimos uma pizza, recapitulamos os dia, bebemos umas cervas. Larissa apagou, Sarlof planejou o dia seguinte e eu fiquei blogando e fazendo upload de algumas fotos.

Finalmente uma dia praticamente inteiro dedicado ao TURISMO. Só teríamos mais um dia de Washington DC e já estávamos com saudade.

(Nesse post só deu para publicar o slideshow. Assim que possível vamos selecionar algumas fotos para mesclar com o texto)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

U2 EUA TRIP - On The Road - New York para Washington


As 10h, como combinado, John nos aguardava na frente do hotel. Sarlof desceu no horário, Larissa, logo depois (ambos acordaram mais cedo para o breakfast no hotel). Eu dormi mais um pouco e, na hora de sair, tive que fazer um download de emergencia, afinal seria arriscado - para mim e os passageiros - dirigir em situação crítica. O gigante não estava muito feliz, além de sairmos 15 minutos atrasados, nossas malas eram em maior quantidade do que eu havia falado. Com algum esforço ele acomodou tudo usando o porta-malas e o banco da frente. Saímos.

Pedi desculpas pela minha demora, causada por uma força maior da natureza. Ele começou a relaxar e foi explicando o porque do stress. Ele estava "roubando" do chefe, nos pegando com o carro próprio. Não queria ser visto pelos colegas. A trava do porta-malas estava com problema, abrindo sozinha de vez em quando (por isso ele não queria que a gente ajudasse a colocar a bagagem). Eu disse "Don't worry about a thing, cause every little thing is gonna be all right". Rimos.

Até chegar no aeroporto de Newark, onde pegaríamos o carro, John oscilou o humor várias vezes. Contou que o estresse dos nova-iorquinos são por conta da "Rat Race", corrida de ratos em busca de sustento. "Se você deixar um lanche em cima da mesa e não comê-lo, alguém o fará por você". Ele tinha ficado desempregado desde novembro do ano passado. Estava decidindo voltar para seu emprego. As opções: trabalhar de 2a a sábado, 10 horas por dia OU trabalhar 12h/dia de 2a a 6a. Dureza, hein?! Outro exemplo: seu médico que quer operar seu joelho de qualquer jeito, sem nem tentar outros métodos, só para ganhar mais grana. Dissemos a ele que buscasse outras opiniões e que tivesse cuidado com o médico, que devia estar puto com a resistência dele em aceitar a intervenção cirúrgica. "De fato, outro dia ele me deu uma injeção no local, onde sinto uma dor forte e queimante de vez em quando". Entregamos um papel com nosso e-mail de contato, caso ele um dia fosse ao Brasil. Ele disse que nunca tinha acessado a internet. Chegamos e pedimos para tirar uma foto: "I don't care", de novo de mal-humor. Sarlof o apelidou de "O eremita urbano multipolar".

De U2 EUA TRIP - NEW YORK TO WASHINGTON

Pegamos o carro já alugado pela internet pelo valor mais barato possível: US$255 com seguro contra acidentes. Seria um 2 portas, carro econômico. Um funcionário afro-descendente nos desviou do caminho indicado pela atendente. Nos levou a um chevrolet Colalt 4 portas, melhor do que a encomenda. Enquanto colocava as malas ele disse "Eu estou cuidando bem de vocês, espero que vocês façam o mesmo". Tirei 2 doleta para dar de gorjeta (afinal já haviamos pago o aluguel) achando que era um trocado que ele queria. Ficou bravo. Apontou para o papel da National dizendo, vocês pediram um 2 portas, estou dando um 4 portas. Queria $20. Ameaçou nos levar para um carro menor. Confabulamos. Morreu em $15. Nossa primeira propina oficial.

A viagem foi tranquila, estrada bem sinalizada. Bob fazendo algumas filmagens e a discografia completa do U2 como trilha sonora (trouxemos nosso CD com quase 180 músicas em MP3). O GPS nos avisava o caminho com voz de mulher. "Madame Sarlofa" nos ajudara muito. No caminho, uma parada pipizística e uma pequena dose de comprismo, de volta a estrada. Greenbelt era o local do nosso Holiday Inn, ao lado de um Mall. Um hotel excelente numa bela região e por apenas 50 doleta o quarto duplo/dia (valeu Priceline.com!). Os quartos 222 e 224 eram vizinhos, com uma "passagem secreta" entre eles. Circulando pelo hotel, umas meninas com roupas e cabelos muito estranhos. Era um concurso de penteados que ocorreria naquela noite. Muito louco.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK TO WASHINGTON

Deixamos as malas a voltamos ao Mall. Paramos no Chevy's e comemos uma deliciosa e merecida comida mexicana. Comemos nachos com guacamole feita na hora. Arror, feijão preto, burritos, tacos. Cerveja Corona para relaxar. Fomos dormir, pois Washington nos aguardava no dia seguinte.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK TO WASHINGTON

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 3

Definitivamente não é fácil viajar como blogger. Fiz isso 2 vezes pelo JavaBahia cobrindo o JavaOne. A gente fica angustiado em passar as informações ainda "quentes", então o atraso torna-se um temor. Numa viagem de férias deveria ser diferente, sem muita obrigação, mas a gente curte o processo de relatar nossas experiências e aguardar os comentários dos nossos amigos e dos eventuais e ainda anônimos que nos encontram na web. O post sobre o terceiro e último dia em New York está na cabeça há algum tempo, mas começa a sair em Washington, 1 e meia da manhã, depois de pizza, algumas cervejas diferentes e um banho ao som de Who's Gonna Ride Your Wild Horses, musíca do álbum Achtung Baby lembrada pelo U2 Cover de Curitiba, que assistimos na Groove Bar antes dessa trip maluca. Vamos ver o que consigo escrever aqui.


O sábado em Manhattan foi planejado principalmente por Bob Sarlof na noite anterior, enquanto eu blogava. Desceríamos direto para ver a Estátua da Liberdade, programa que vinha furando (e devia ter continuado, você vai saber porque) sucessivamente. Depois daríamos um rolé pelo Central Park, talvez dando uma passada em alguns museus (como o Gugelheim, que as 17h tem entrada gratuita) e concluiríamos retornando a Times Square, que tinha ficado com gosto de quero mais, quem sabe até conseguindo ver algum espetáculo na Broadway ou mesmo o Blue Man da Laffayete. Pra variar, quase tudo saiu do script.

Saímos umas 11h, mais cedo do que a média da semana. Tradicional travessia da ponte via buzu (desta vez um Frescão de 2.55 doleta/cada). Pegamos direto a linha A para uma baldeação na Chambers St (de cores diferentes, as linhas não param em todas as estações, então tem que ficar ligado nas letras e números que aparecem no mapa, ao lado de cada uma delas). Escolhemos errado, pois tivemos que sair e procurar a Chambers 1-2-3. O transfer não era integrado, teríamos que pagar mais uma passagem.

Por coincidência fomos parar de novo na região do World Trade Center. Desta vez vimos coisas que não haviam sido notadas, como a simpática igrejinha St Paul's construida em 1705 que fica exatamente em frente ao local do atentado. O prédio mais antigo de NYC sobreviveu a um grande incêndio em 1776 e testemunhou o terror do 11 de setembro. Na frente, o Sino da Esperança (tocado em todo 11/09 desde 2002, além de ocasiões como os atentados a trem e metrô de Madri e Londres), um cemitério com as lápides de pedra parecendo aqueles filmes de terror antigo e algumas placas com explicações históricas. Uma delas chamava atenção mostrando pedaços de papel e de monitores, "sujeira" pós-desabamento das torres gêmeas.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

Ao lado da igreja entramos no Memorial do 11 de Setembro, onde podemos ver a maquete e fotos simuladas em 3D do novo memorial e das novas torres (ainda maiores e mais bonitas) que estão sendo construídos no local. Impressionante como os americanos dão a volta por cima e ainda conseguem ganhar dinheiro com catástrofes (no memorial, pra variar a lojinha vendendo souvenirs como livros, canecas e bonés relacionados ao atentado). Lado de fora, Larissa já havia comprado um livrinho sobre o 11/set por $5 na mão de uma coreana. Uma dose necessária de "comprismo". Dependência é fogo.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

Finalmente achamos a Chambers certa e pegamos a Linha 1. Ainda ficamos parados uns 15 minutos, pois o trem deu defeito. Ô azar. O cansaço acumulado da viagem dava sinais visíveis. Em nosso corpo e em nossa paciência. O nível de tolerância entre nós não era dos melhores nesse dia. O dia estava frio e nublado. Essa é a razão do cachecol ridículo usado por Sarlof em algumas fotos (ele acha lindo. Gosto, cada um teu um seu....). Não tínhamos tempo nem saco para pegar a balsa e chegar perto da estátua. Usando o "zoomis" ótico de 10x da nossa máquina (na 5th Ave, Bob comprara uma Canon quase igual a nossa, e agora tá tirando a maior onda) batemos fotos de longe mesmo. Demos uma andada pelo local. Poucos ambulantes, uns malucos fantasiados de estátua para tirar fotos com turistas (principalmente os Japoneses, que parecem se divertir com qualquer coisa), um Forte redondo de paredes grossas e apenas um canhão, e até um doido vestido de Homem-Aranha-depois-da-gripe-suína. Nem lugar para comer tinha (e já era quase 4 da tarde), a não ser um restaurante caro e - pelo menos para nós - nada atrativo. Fugimos dali. Sinceramente? Achamos um porre.

De volta ao mapa do Metrô, Bob recalcula seu GPS mental. Rumo ao Central Park, soltaríamos na 86st ao lado do museu Gugelheim. Comeríamos um Hot Dog de 2 doleta para pegar a entrada gratuita. Estaria perfeito, se o museu estivesse do lado esquerdo. PQP Sarlof! Resolvemos procurar um lugar para comer de verdade. Paletada, paletada, paletada e... nada. Só prédio e nenhum Burger Heaven nem nada parecido. Passamos pela frente do Museu de História Natural, um lindo prédio, mas não achávamos a menor graça. Entramos no Central Park na altura da 70th st onde deveria estar o Strawberry Fields (da musica do Beatles; Yoko Ono homenageou John Lennon num mosaico desenhado no chão com a palavra IMAGINE ao centro). Deve ser massa, mas não fizemos questão de encontrar. Pegamos 3 dogs de 2 doleta cada e sentamos no banco, observando o movimento. Lugar realmente bonito, famílias passeando, pessoas andando ou fazendo cooper, carruagens, bicicletas. Foi interessante descansar um pouco num típico fim-de-semana no maior parque metropolitano do mundo. Voltamos a ter força. Decidimos voltar ao Metrô e descer na rua 47, região da Times Square, para jantarmos um Steak num local indicado no pequeno guia de bolso que levávamos. Mais um plano furado.
De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

À nossa direita, ao final de uma transversal, Larissa avista o que parecia um Mall. Confirmamos com camelô (que não sabíamos ser mais mal-informado que a gente) e seguimos. Lá daria para comprar, comer e ir embora. A fome era punk e a taxa de comprismo no sangue estava baixa. Era tudo o que queríamos naquela altura (umas 18:30h). Nossa energia também. Só que chegamos foi no teatro da orquesta filarmônica. Bela região, mas nada de shoppping. "Vamos arranjar um lugar para jantar por aqui mesmo?", ela sugeriu. Concordamos, pois sentíamos que algo de bom nos esperava. Na ida para o Shopping Imaginário (será que estávamos tendo miragem?!) tínhamos avistado algumas opções, então retornamos. O Café Fiorello's chamava atenção. Com mesas também do lado de fora (na parte de dentro só teria mesa a partir da 19:45), lembra muito os bares/restaurantes que ficam em Copacabana. Estava cheio e frequentado por pessoas mais velhas e da cidade (não pareciam turistas, tampouco compristas), aqueles que aparentam gostar do que é bom. Os pratos eram vistosos e bem servidos. Os preços mais caros, mas não proibitivos, ainda mais para 3 baianos que passaram um Shit Day ("Dia de Merda", era como estávamos "carinhosamente" e bem-humoradamente - toda trajédia tem seu lado cômico - nos referindo àquele sábado xôxo). Sentamos do lado de fora. Larissa avistou um casaco esquecido na cadeira e avisou ao garçom. Eram mantas pretas, disponíveis em todas as mesas (depois é que notamos isso) para quem sentisse frio. A gente não tinha como saber, né?

Sentar ali foi uma das melhores decisões que tomamos até então na viagem. Alissia, simpaticíssima garçonete casada com um peruano, nos atendeu com o maior sorriso. O friozinho pedia vinho. Escolhemos o Pinot-noir (lembrei do meu amigo Daniel deOliveira) Lambrusco. Caiu como uma luva. Para o rango Lari e Bob escolheram carne com batata. Eu fui pouco criativo: Lasanha. O vinho entrava, as risadas saiam, enquanto recapitulávamos nosso dia "de merde". Nos emocionamos realmente quando os pratos chegaram. Minha lasanha parecia uma escultura, bem diferente do que esperávamos e totalmente deliciosa. O filet dos dois era dos Deuses. Outra garrafa de vinho ($42 cada). Valia. Cada chegada em nossa mesa brincávamos com Alissa, que aprendia mais um pouco de português. Ela e seu marido em breve iriam à Argentina de férias e estavam pensando em passar um fim-de-semana no Brasil, talvez Sampa. Contamos a ela que parecia com New York, só que sem mar. Ela disse "New York eu já tenho". Convidamos ela para conhecer a Bahia. Dessert: pedimos um Cheese Cake gigante, que dava para os 3. Sensacional. Cappucino pequeno (aqui, pois para nós é enorme), encerrávamos o "aljantar". Enfim, Alissa e o Fiorello's salvaram nosso dia.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

Andamos uma quadra. Metrô, ônibus, ponte. Achamos facilmente um taxi para chegarmos ao hotel (nada de andada noturna desta vez). O gigante John estranhou entrarmos dizendo "Good night". "Só os jamaicanos falam isso". Ficamos confusos. Nos explicou que Boa Noite era só na hora de ir embora. E "Good Evening"? Também não é bom. A partir de então só dizemos "Hi!". Combinamos com ele no dia seguinte as 10 horas da manhã, para irmos ao aeroporto de Newark pegarmos o carro em direção a Washington, uma nova etapa da trip. John viria com seu carro próprio, dando uma volta na companhia de táxi que ele trabalhava. Isso ainda vai render, aguarde.

Nossa passagem por New York registrada nas fotos, filmes e memória. Ainda ficou muito por fazer, mas com toda imperfeição foi totalmente perfeito. Um dia, quem sabe, voltaremos.
De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

domingo, 27 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 2

A 6a-feira em New York prometia. Pela manhã Bob e Larissa planejavam o dia enquanto eu blogava sobre o show do U2 no Giants. Queríamos ver Chinatown, Little Italy, Estátua da Liberdade, World Trade Center area, Tribeca, Soho e Times Square. Saindo do hotel quase meio dia é óbvio que não conseguimos cumprir esse objetivo né? Saiba como foi.

Já experientes em atravessar a ponte, isso não foi difícil. Dentro do metrô pegamos o mapa e revisamos o intinerário. A idéia deles era até boa, mas incompatível com as linhas do metrô, que cortam Manhattan na vertical. Íamos ficar em zigue-zague. Fui meter o bedelho, então começamos uma discussão homérica com direito a platéia. Eu nem levantava a cabeça, mas sabíamos que estávamos sendo observados. Algum tempo depois chegamos num consenso, começaríamos por Chinatown, desceríamos de metrô para ver a Estátua e pegaríamos a Linha 1 para a Times Square. Se desse, passariamos por Tribeca. Demos muita, muita risada de nós mesmos com a agonia que fizemos.

Soltamos na Rua Lafayette e, por minha culpa, pegamos - por pouco tempo - o sentido contrário. De repente percebi que a Broadway (que corta Manhattan) estava "do lado errado". Não foi de todo ruim, pois descobrimos o teatro onde passava o espetáculo Blue Man, que marcamos de ir no dia seguinte (e, é claro, não fomos). Descendo a Lafayette, sugeri que pegámos a Mott St, por onde chegaríamos em Chinatown. Lugarzinho suuuuper simpático, com um público bem eclético, estilho "new age". Vimos um "casal" estranhíssimo de orientais: um corôa de cerca de 1.60m, cabelos grisalhos e seu "companheiro" de 1.90, de cabelhos vermelhos e pernas tornas (tipo Cascatinha, personagem do Chico Anísio, saca?). Exclamamos: "Esse lugar é bem alternativo!".
Eu, com camisa de San Francisco, e Bob com essa bolsinha atravessada estávamos bem adequados ao local.

Numa despretensiosa esquina vimos uma Cantina Italiana bem frequentada, com gente na espera e uma foto de Mona Lisa segurando uma pizza. Visivelmente era uma daquelas preciosidades imperdíveis que se encontra numa viagem. Não sosseguei enquanto não entramos. Durante a espera, bebemos uma deliciosa cerveja chamada Brooklin Ale. Descobrimos que estávamos na pizzaria mais antiga da América: A Lombardi's existe desde 1905. Pedimos uma pizza grande 1/2 Pepperoni, 1/2 Meat Ball (almôndega). Minino.... sem dúvida uma das melhores que comemos na vida. Ao final, um cremoso capuccino. O dia por mim podia acabar ali. Já tinha valido a pena. Mas era só o começo.

No início de Chinatown metade da rua estava isolada no que parecia ser a gravação de um filme de 2a categoria. Os aromas e as esquisitices são bem característicos (aonde você vê alguém vendendo sapo vivo num balde?).

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part


Muitas lojinhas para comprar lembranças. Por 5 doleta, comprei um óculos tipo Top Gun, segundo Larissa. Tô me sentido o próprio Tom Cruise.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part

Algumas compras básicas, fotos hilárias (como esta aí de baixo), uma paradinha para sorvete na Haagen-Dasz, fomos na direção do World Trade Center.

Sem planejarmos, passamos pelos belíssimos prédios da Suprema Corte e do Correio Federal. No caminho, havia um casamento. A noiva tirava fotos, o noivo enchia a cara. Enquanto isso um simpático esquilo tranquilamente passeava num pequeno jardim.

Encontramos uma loja de 4 andares que só vendia eletrônicos, passamos mais de 1 hora lá. Dali Bob comprou seu NetBook, Larissa seu iTouch, e outras coisinhas mais. Era mais uma dose de compras. Sarlof perguntou: "mas afinal, viemos aqui para fazer turismo ou compras?". Respondemos, todos: "os dois". Assim surgia o termo "comprismo". É prejudicial ao bolso, mas faz muito bem a saúde.
O tamanho da área onde ficava o WTC impressiona. Ficamos alguns minutos parados, olhando, imaginando o quão terrível foi o 11 de Setembro e os dias (e meses, e anos, seguintes). Para quem trabalha ou vive na região, deve ser praticamente impossível passar um só dia sem lembrar. Eles já estão construindo um novo complexo no local, junto com um memorial. Falarei sobre isso no próximo post.

Precisávamos de algo mais alegre. Metrô, rumo a Times Square. O espetáculo visual é magnífico. E lá ficam os vários teatros que procuramos em vão no dia anterior. Tínhamos pouco tempo, então passeamos um pouco e tiramos fotos. No caminho nos ofereceram ingressos para show de comédia a $20 (chorando, morria por $10 cada). Um negão chegou perto de mim e perguntou se eu fumava baseado ("Do you smoke bass?"). "No thanks'. Tentou me vender um bagulho, o descarado. Será por causa das olheiras ou dos olhos vermelhos? É, ele não tem culpa.

Entramos na loja Toy Rus, um paraíso de 3 andares, com brinquedos para crianças de todas as idades. Roda gigante, esculturas feitas de Lego, super-heróis e até dinossauro. Compramos presentes para os meninos. Sarlof, bonecos do Star Wars. E fotos, várias fotos.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part

Fome, sede, cansaço. Hora de BEER and APETIZERS. No dia anterior meu amigo Júlio Shinzato, companheiro da minha 1a viagem aos EUA em 2005 (San Francisco, California, para o evento JavaOne), twittou informando do aniversário de 250 anos da cerveja Guinness. Para comemorar encontramos um Irish Pub. Ahhhh como esse tipo de lugar me faz bem. Pedimos um combinado que vinha asa de frango, bolinho de queijo, batata e frango empanado. Delicioso. Depois uma carnezinha cortada com legumes. Bebemos a irlandesa Guinness e as belgas Duvel (a melhor cerveja do mundo!!!!) e Chimay. Cabeça feita. Pedimos a cerveja da casa a garçonete Jennifer, que já havia merecidamente levado $15 de gorjeta). "On The House", é assim que se chama. Ela nos aparece com 2 canecas de Guinness cheinhas. Fizemos a maior zoada, comemorando aquele momento incrível. Ela ficou até constrangida, tadinha.

Quase meia noite, voltar. Metrô. Sarlof tava mudo... Quando soltamos na 175 ele deu um "piriri" pois precisava ir ao banheiro. Perguntamos, número 1 ou 2? Ele respondeu pálido e suando: a essa altura, os 2. Saiu desesperado perguntando pelos banheiros, que meia-noite já estavam fechados. Ninguém dava a mínima. Tivemos que sair da estação e encontramos um McDonalds. Tive que comprar uma coca para assim pedir que abrissem o mic. A faxineira fez cara feia, mas deixou Bob - que já nem raciocinava - tirar água do joelho. Daí até o hotel tivemos que ouvi-lo xingar todas as gerações de americanos, praguejando contra a nada supreendente falta de solidariedade deles.

No mini-bus encontramos mais um brasileiro que mora na região. Demos a andadinha de sempre, cheio de compras na mão. Deserto e tranquilo. 1 da madrugada, nem ladrão está na rua a essa hora. Menos cansativo que o dia anterior, excelente almoço e jantar, boas doses de comprismo, mais um capítulo da nossa aventura se encerrava.

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 1

De U2 EUA TRIP - NEW YORK

Depois da grande noite anterior não havia como acordar cedo. Combinamos sair "na hora que desse". Precisávamos cruzar a George Washington Bridge e fomos ao ponto de ônibus em frente ao posto de gasolina próximo ao hotel (onde compramos o rango - sanduíche de microondas - após o show do U2, esqueci de citar esse fato). Logo chegou um mini-bus express. Como todo homem, eu não gosto de pedir informações, mas por segurança senti vontade de perguntar ao casal da frente onde seria melhor soltar para pegar o metrô. "Excuse me", iniciei. "Pode falar em português, sou brasileiro". Caímos na risada. Zé Luis e Silvia estavam há duas semanas por aqui, na casa de algum parente. Ela tinha arrastado ele (que estava sem a menor vontade de sair) para aquele último dia em NYC. Nos deram várias dicas boas, as melhores delas sobre como interpretar o mapa do metrô (tem uns truques, voltaremos a falar sobre isso) e sobre como pegar o ônibus de retorno. $2 para cada e estávamos do outro lado da ponte.

Descemos todos juntos na estação da rua 175 e, com a ajuda de Zé, compramos o bilhete do metrô na maquininha ($8, 4 passagens; Se comprássemos avulso, $2.25 cada). Soltamos na 59 st (o casal amigo soltou antes, mal deu para nos despedirmos e - foi uma pena - não conseguimos pegar o contato deles), na ponta sul do Central Parque, de onde iniciaríamos uma caminhada pela 5a avenida chegando até a Broadway.

Tiramos algumas fotos, Bob comprou um quadrinho legal e bem colorido da Times Square, que conheceríamos no dia seguinte (pagou 18 doleta; no vizinho tava por 15, quem mandou não pechinchar!? Depois apareceu por $30, aí ele ficou feliz...). Várias carruagens (comentário pertinente de Bob Sarlof: "Nova Iorque fede". "A cavalo", complementamos) para quem quiser dar um passei estiloso (na faixa de $30/hora), o que não era o caso. Alguns caras alugando bicicleta a $15/hora, mas dava para barganhar. Um ônibus de teto aberto para turistar fazer City Tour passou ao nosso lado, com uma mega foto do Pelourinho e da Praia do Forte. Corremos e registramos o momento.

Chegando na 5a vimos logo o cubo de vidro da AppleStore. Entramos. Cada um para seu lado, parecíamos criança. Saí com o MacBook do meu irmão. Larissa com seu Purple iPod, que mais tarde seria trocado por um iTouch, num escambo com Bob. Dentro da loja Bob conseguiu finalmente acesso wifi com seu Tablet PC (que eu venho chamando de Tablet PiCa, pq não conectava com nada essa B!). Falamos com a família via Skype pagando R$2 por 5 min.

Saindo da Apple, descendo a 5a, os arranha-céus começam a ficar maiores. Passamos pela Trump Tower, onde os humilhados-mas-famosos-aprendizes são demitidos! Entramos na loja da Disney, muito legal por sinal, onde rolaram umas comprinhas básicas e algumas fotos legais. Todo mundo vira criança. Ao lado achávamos que era a loja da Coca-cola e tentamos entrar. Barrados: "Employees Only" os disse o simpático (pra não dizer o contrário) segurança. A essa altura a fome batia segura (não tomamos café da manhã) e procurávamos algum local para rangar. Numa das transversais, Larissa avista Restaurant. Paramos e olhamos. "Burgers Heaven". Perfeito. Uma senhora na esquina exclamou "It's Good". Era o estímulo que faltava. Detonamos 5 Heineken e comemos, segundo Sarlof, "o melhor hambúrguer do mundo" (que ele "engoliu" enquanto estávamos na metade). Estava sensacional mesmo. Recarregou nossas energias, fisiológicas e espirituais.

De volta à paletada, chegamos à BestBuy, outro paraíso de compras de eletrônicos. Mais algum tempo investido e dinheiro gasto. Mais à frente, demos uma quebrada para ver a Grand Central Station, estação de trem famosíssima, cenário de alguns filmes (lembra dos Intocáveis?). Construção impecável, o vão principal é lindíssimo. Tiramos algumas fotos sensacionais, como esta digna de poster.

No caminho passamos na frente da Biblioteca Púbica, entramos rapidinho na Saint Patrics Church e tomamos um tradicional sorvete de casquinha. Mais abaixo deveria estar o Empire Building. Alguém acredita que quase passamos batido por ele? Não fosse o mini-guia de New York que estávamos na mão, teríamos perdido. Olhamos para cima e fizemos o registro.

Adiante, e o cansaço batendo federal. Seguíamos alguns conselhos da revista Viagem, por isso queríamos chegar ao encontro da 5th Ave com a Broadway, esperando começar a ver a região dos teatros. Maldita revista, pois descobriríamos depois que os teatros ficam bem mais em cima, na região da Times Square. Mesmo assim não foi de todo ruim. Larissa e Bob pararam na loja de maquiagem M.A.C. Ele para comprar batom (disse que era presente. Hummm, sei não...), ela não tinha nada específico mas conseguiu deixar cenzão por lá, com direito a maquiagem feita por um - é claro - gay. Aliás, o segurança parecia ser o único Homem que trabalhava ali. De tão sério ele mal piscava o olho, afinal deve ficar puto de viver no meio daquela bicharada e piruada. Coitado...

Quando as pernas começavam a desobedecer Larissa viu uma pizzaria na esquina. Paramos só para um refri. Tava bem sujinho o local (segundo Bob, o banheiro era um lixo), mas eles mostravam várias fotos de famosos na parede para quem sabe enganar os trouxas (mas a pizza bem que parecia gostosa....). Planejamos o nosso retorno, que envolveria mais uma andada que valeria a pena. Encontramos um belíssimo arco no caminho, comemorativo do centenário de George Washington como presidente dos EUA. Parados antes de atravessar a rua, vimos uma coroa já meio gordinha vindo de bicicleta, quando tomou a maior fechada de um motorista de táxi. Ela olha para o lado e solta, na maior naturalidade "Fucking Gay Cabbo!". Hahahaha... aprendemos um novo xingamento que agora faz parte do nosso incrementado e internacional repertório.

Metrô e depois ônibus, atravessamos a ponte e paramos na Route 4, a poucos metros do nosso hotel porém do lado contrário. Precisamos subir um viadutozinho num local bem deserto e escuro. Descemos para a estrada novamente, mas Larissa deu uma estressada e parou no ponto de ônibus, que logo apareceu. Entramos e mal deu tempo de pagarmos (nem 1 minuto de "viagem", ele dobrou a esquina e chegamos). O "motô" até nos cobrou mais barato, afinal devemos ter batido o recorde mundial do "menor trecho percorrido de ônibus". Passada a zanga, mais uma vez paramos no posto de gasolina, para a derradeira refeição. Sugeri comida mexicana (Burrito), que seria preparada no microondas do hotel. Não é que estava bem bonzinho esse troço?

Exaustos e felizes, dormimos. Teria muito mais em NYC esperando por nós.