terça-feira, 29 de novembro de 2011

Esses Anões Generais

Gigantes de pernas longas artificiais
Em pé sobre areia movediça
Não se sustentam
Não se aguentam
Afundam bem antes da primeira pedra
Na testa

Em reuniões de generais
Decidem num toque impensado
O suposto futuro dos pobres mortais
Sem ouvir ninguém, sem sentir
O rastro fétido e podre
Que deixam ao sair

Seus exércitos de infiéis
Arrebentam anéis de lata enferrujada
Feridos procuram uma outra manada
Perfilam-se e giram em busca do nada
Até um outro qualquer vir montar em seu lombo
Na direção de mais uma batalha perdida, infundada

Não vou participar dessa festa funesta
Onde seres por baixo vestidos de trapos
Até nos parecem limpos, perfumados
Mas de perto cheiram mal
Muito mal

Prefiro ser apenas eu
Praticar tudo aquilo que prego
Me mantendo, pelo menos tentando
Ser maior que meu ego
E se me perguntam, não nego

Sou Davi, pequeno e valente
Pra esses anões tão doentes
No final vai restar
A justiça
Das voltas que o mundo dá