sábado, 26 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Nacionalidades, Pechinchas e o 1o Show no Giants (2a parte)


A entrada no Giants Stadium não poderia ter visão melhor. De frente para o palco. Na primeira impressão que tive, ainda no tunel antes de chegar ao campo, exclamei "Zorra, é pertinho! Daqui já estou vendo melhor do que no show do Morumbi". Estávamos arrepiados e gritamos emocionados.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK
A banda Muse já tocava (o som é muito legal por sinal, vou procurar saber mais sobre eles), mas pista e arquibancada estavam a menos de 1/3 da capacidade (O estádio é menor do que eu esperava, mas ainda assim é beem maior que o nosso PituAÇO). Nos posicionamos estrategicamente e confortavelmente à frente da Red Zone, a uns 3 metros. De repente começo a ver pessoas com cerveja na mão (Bud Light). Nas laterais umas barraquinhas vendendo bebida em garrafa plástica, coisa que nunca vimos no Brasil. Peguei uma Budweiser. Os 8 dólares mais bem pagos do mundo! Fiquei pensando: "Esses filhos da mãe ficam dando avisos sonoros do lado de fora dizendo que não pode beber dentro do estádio, só para morder grana dos desavisados como nós".

De U2 EUA TRIP - NEW YORK

Cerca de 9 da noite estava tudo pronto para começar o U2. O estádio beem mais cheio, mas na pista ainda tínhamos conforto. Um grupo de amigos ao nosso lado me utilizava como referência quando alguém precisava sair ("Procura o cara de camisa amarela"). Disse para eles que cobrava $10 a cada 1/2 hora para servir de "sinalizador". Um deles era da Philadelphia. Comentei que provavelmente passaríamos por lá e pegamos umas dicas. Perto de Bob tinha 3 "bibas-véias" se encostando. Ele não estava muito feliz com isso...

Show Time. O espetáculo começava com Breathe e nós 3 entrávamos em delírio! Chamava atenção a frieza das pessoas em volta, praticamente paradas olhando, como se ver o U2 de perto fosse algo trivial. "No Brasil isso aqui estaria uma loucura", os 3 pensávamos ao mesmo tempo. Isso tem a vantagem do conforto, mas a gente sente falta daquela histeria-coletiva-latino-americana. O show vai numa crescente (veja nesse link a lista completa de músicas tocadas) gradativamente nos colocando num estágio de Nirvana total. Vamos destacar aqui alguns momentos marcantes.

  • Magnificent, a 2a música do show, a preferida de Larissa. Com todo respeito a Breathe, esta deveria ser a abertura!
  • Stuck in a Moment, só com The Edge ao violão e Bono no vocal, uma chuvinha começando a cair. Algumas lágrimas também.
  • I'll go Crazy - os caras fizeram um remix sensacional, perfeito para uma pista de dança. Entramos em delírio total!!
  • Sunday Bloody Sunday - sempre.
  • Walk On - Foi feita uma homenagem a Aung San Suu Kyi, democraticamente eleita a lider do Burma, que passou os últimos 20 anos em prisão domiciliar. No palco, entraram anônimos usando sua máscara (saiba mais aqui). Larissa ama essa música. Se emocionou bastante. E nós também.
  • Where The Streets Have no Name - Minha favorita. Ápice do show. Tears like a child.
  • With or Without You - Momento Bob. Único.
  • Moment of Surrender - A que mais gosto do último álbum. O fim do show. A vontade de estarmos nos próximos.

Pessoas. Um capítulo a parte. Conhecemos o simático casal Braddy e Beca, que vieram de Kentucky, 1 hora e meia para ver o U2 e voltar. A brasileira Olívia, simpática mineira que conversou bastante com Larissa, nos deu algumas dicas sobre New York e ficou doida de vontade de nos acompanhar nos outros shows. O homem-siri, o corôa véio muito doido (de vez em quando ele se abaixava para dar um pau em sua marijuana) que dançava parecendo borboleta, com a mãozinha "piscando" parecendo a famosa dança do Pânico na TV. O corôa véio aviadado (parecia o Tiozão do Churrasco do Rock & Gol MTV) que ficava perto de Bob, esperando que ele fizesse um "terra". Bob colocou a mochila na frente para se proteger. O véio ficou magoado e foi para o lado, procurar outra vítima.

Voltar para o Hotel era um novo desafio. Táxi era beem difícil. De trem e ônibus não tínhamos ideia se era possivel. Ligamos para o SamSung Limo, achando que seria o mesmo cara que nos trouxe. Atende um cara falando um inglês horrível, repeti 3 vezes o nome e o número do celular de Bob e pedi o taxi em nome dele: C-A-R-L-O-S. Marcamos no portão D. Quase 1 hora depois (nesse tempo comemos uns Pretzels gigantes queimados e salgados, a $4 cada. O que a fome não faz) e nada de taxi. Ligamos. O motorista foi parar no Portão B (de novo essa merda de confusão entre B e D). Onde estávamos estava bem deserto. Ficamos preocupados.

Finalmente aparece um Japa (sul-coreano, pra dizer a verdade) com uma placa da SamSung Limo escrito: Sarlof. Alguém com esse nome pediu taxi?! Respondi que sim, ainda sem entender como Carlos virou Sarlof. Entramos. Ufa. Ahhhhhh...... caiu a ficha. Na hora que soletrei o cara trocou o C pelo S, do início, e o s pelo f do final. Comentamos com o simpatico e educado motorista. Ele disse que o rapaz da central telefonica da SamSumg falava um inglês péssimo (deu pra perceber). Demos boas risadas. Era o Grand Finale deste que foi certamente um dia inesquecível em nossas vidas.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK
Bob Sarlof, o novo personagem desta incrível trip

4 comentários:

Claudinha disse...

Tô morrendo de rir com as peripécias de vcs.... breve, pedirei informações sobre transporte em NYC, hahahahahahahaha...

Elaynne disse...

Gente, a sensação deve ser incrível mesmo! Me arrepiei ao ler a descrição minuciosa de Serge imaginando com um frio na barriga a emoção de vcs! Surreal!Beijocas!

Léo Rehem disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Léo Rehem disse...

AHAHAHAH.. que dia incrível, que lugares fantáticos.... que figuras!! "sarlof" um caso a parte". Muito bom!!