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De U2 EUA TRIP - NEW YORK |
A banda Muse já tocava (o som é muito legal por sinal, vou procurar saber mais sobre eles), mas pista e arquibancada estavam a menos de 1/3 da capacidade (O estádio é menor do que eu esperava, mas ainda assim é beem maior que o nosso PituAÇO). Nos posicionamos estrategicamente e confortavelmente à frente da Red Zone, a uns 3 metros. De repente começo a ver pessoas com cerveja na mão (Bud Light). Nas laterais umas barraquinhas vendendo bebida em garrafa plástica, coisa que nunca vimos no Brasil. Peguei uma Budweiser. Os 8 dólares mais bem pagos do mundo! Fiquei pensando: "Esses filhos da mãe ficam dando avisos sonoros do lado de fora dizendo que não pode beber dentro do estádio, só para morder grana dos desavisados como nós".
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De U2 EUA TRIP - NEW YORK |
Cerca de 9 da noite estava tudo pronto para começar o U2. O estádio beem mais cheio, mas na pista ainda tínhamos conforto. Um grupo de amigos ao nosso lado me utilizava como referência quando alguém precisava sair ("Procura o cara de camisa amarela"). Disse para eles que cobrava $10 a cada 1/2 hora para servir de "sinalizador". Um deles era da Philadelphia. Comentei que provavelmente passaríamos por lá e pegamos umas dicas. Perto de Bob tinha 3 "bibas-véias" se encostando. Ele não estava muito feliz com isso...
Show Time. O espetáculo começava com Breathe e nós 3 entrávamos em delírio! Chamava atenção a frieza das pessoas em volta, praticamente paradas olhando, como se ver o U2 de perto fosse algo trivial. "No Brasil isso aqui estaria uma loucura", os 3 pensávamos ao mesmo tempo. Isso tem a vantagem do conforto, mas a gente sente falta daquela histeria-coletiva-latino-americana. O show vai numa crescente (veja nesse link a lista completa de músicas tocadas) gradativamente nos colocando num estágio de Nirvana total. Vamos destacar aqui alguns momentos marcantes.
- Magnificent, a 2a música do show, a preferida de Larissa. Com todo respeito a Breathe, esta deveria ser a abertura!
- Stuck in a Moment, só com The Edge ao violão e Bono no vocal, uma chuvinha começando a cair. Algumas lágrimas também.
- I'll go Crazy - os caras fizeram um remix sensacional, perfeito para uma pista de dança. Entramos em delírio total!!
- Sunday Bloody Sunday - sempre.
- Walk On - Foi feita uma homenagem a Aung San Suu Kyi, democraticamente eleita a lider do Burma, que passou os últimos 20 anos em prisão domiciliar. No palco, entraram anônimos usando sua máscara (saiba mais aqui). Larissa ama essa música. Se emocionou bastante. E nós também.
- Where The Streets Have no Name - Minha favorita. Ápice do show. Tears like a child.
- With or Without You - Momento Bob. Único.
- Moment of Surrender - A que mais gosto do último álbum. O fim do show. A vontade de estarmos nos próximos.
Pessoas. Um capítulo a parte. Conhecemos o simático casal Braddy e Beca, que vieram de Kentucky, 1 hora e meia para ver o U2 e voltar. A brasileira Olívia, simpática mineira que conversou bastante com Larissa, nos deu algumas dicas sobre New York e ficou doida de vontade de nos acompanhar nos outros shows. O homem-siri, o corôa véio muito doido (de vez em quando ele se abaixava para dar um pau em sua marijuana) que dançava parecendo borboleta, com a mãozinha "piscando" parecendo a famosa dança do Pânico na TV. O corôa véio aviadado (parecia o Tiozão do Churrasco do Rock & Gol MTV) que ficava perto de Bob, esperando que ele fizesse um "terra". Bob colocou a mochila na frente para se proteger. O véio ficou magoado e foi para o lado, procurar outra vítima.
Voltar para o Hotel era um novo desafio. Táxi era beem difícil. De trem e ônibus não tínhamos ideia se era possivel. Ligamos para o SamSung Limo, achando que seria o mesmo cara que nos trouxe. Atende um cara falando um inglês horrível, repeti 3 vezes o nome e o número do celular de Bob e pedi o taxi em nome dele: C-A-R-L-O-S. Marcamos no portão D. Quase 1 hora depois (nesse tempo comemos uns Pretzels gigantes queimados e salgados, a $4 cada. O que a fome não faz) e nada de taxi. Ligamos. O motorista foi parar no Portão B (de novo essa merda de confusão entre B e D). Onde estávamos estava bem deserto. Ficamos preocupados.
Finalmente aparece um Japa (sul-coreano, pra dizer a verdade) com uma placa da SamSung Limo escrito: Sarlof. Alguém com esse nome pediu taxi?! Respondi que sim, ainda sem entender como Carlos virou Sarlof. Entramos. Ufa. Ahhhhhh...... caiu a ficha. Na hora que soletrei o cara trocou o C pelo S, do início, e o s pelo f do final. Comentamos com o simpatico e educado motorista. Ele disse que o rapaz da central telefonica da SamSumg falava um inglês péssimo (deu pra perceber). Demos boas risadas. Era o Grand Finale deste que foi certamente um dia inesquecível em nossas vidas.
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4 comentários:
Tô morrendo de rir com as peripécias de vcs.... breve, pedirei informações sobre transporte em NYC, hahahahahahahaha...
Gente, a sensação deve ser incrível mesmo! Me arrepiei ao ler a descrição minuciosa de Serge imaginando com um frio na barriga a emoção de vcs! Surreal!Beijocas!
AHAHAHAH.. que dia incrível, que lugares fantáticos.... que figuras!! "sarlof" um caso a parte". Muito bom!!
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