domingo, 27 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 2

A 6a-feira em New York prometia. Pela manhã Bob e Larissa planejavam o dia enquanto eu blogava sobre o show do U2 no Giants. Queríamos ver Chinatown, Little Italy, Estátua da Liberdade, World Trade Center area, Tribeca, Soho e Times Square. Saindo do hotel quase meio dia é óbvio que não conseguimos cumprir esse objetivo né? Saiba como foi.

Já experientes em atravessar a ponte, isso não foi difícil. Dentro do metrô pegamos o mapa e revisamos o intinerário. A idéia deles era até boa, mas incompatível com as linhas do metrô, que cortam Manhattan na vertical. Íamos ficar em zigue-zague. Fui meter o bedelho, então começamos uma discussão homérica com direito a platéia. Eu nem levantava a cabeça, mas sabíamos que estávamos sendo observados. Algum tempo depois chegamos num consenso, começaríamos por Chinatown, desceríamos de metrô para ver a Estátua e pegaríamos a Linha 1 para a Times Square. Se desse, passariamos por Tribeca. Demos muita, muita risada de nós mesmos com a agonia que fizemos.

Soltamos na Rua Lafayette e, por minha culpa, pegamos - por pouco tempo - o sentido contrário. De repente percebi que a Broadway (que corta Manhattan) estava "do lado errado". Não foi de todo ruim, pois descobrimos o teatro onde passava o espetáculo Blue Man, que marcamos de ir no dia seguinte (e, é claro, não fomos). Descendo a Lafayette, sugeri que pegámos a Mott St, por onde chegaríamos em Chinatown. Lugarzinho suuuuper simpático, com um público bem eclético, estilho "new age". Vimos um "casal" estranhíssimo de orientais: um corôa de cerca de 1.60m, cabelos grisalhos e seu "companheiro" de 1.90, de cabelhos vermelhos e pernas tornas (tipo Cascatinha, personagem do Chico Anísio, saca?). Exclamamos: "Esse lugar é bem alternativo!".
Eu, com camisa de San Francisco, e Bob com essa bolsinha atravessada estávamos bem adequados ao local.

Numa despretensiosa esquina vimos uma Cantina Italiana bem frequentada, com gente na espera e uma foto de Mona Lisa segurando uma pizza. Visivelmente era uma daquelas preciosidades imperdíveis que se encontra numa viagem. Não sosseguei enquanto não entramos. Durante a espera, bebemos uma deliciosa cerveja chamada Brooklin Ale. Descobrimos que estávamos na pizzaria mais antiga da América: A Lombardi's existe desde 1905. Pedimos uma pizza grande 1/2 Pepperoni, 1/2 Meat Ball (almôndega). Minino.... sem dúvida uma das melhores que comemos na vida. Ao final, um cremoso capuccino. O dia por mim podia acabar ali. Já tinha valido a pena. Mas era só o começo.

No início de Chinatown metade da rua estava isolada no que parecia ser a gravação de um filme de 2a categoria. Os aromas e as esquisitices são bem característicos (aonde você vê alguém vendendo sapo vivo num balde?).

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part


Muitas lojinhas para comprar lembranças. Por 5 doleta, comprei um óculos tipo Top Gun, segundo Larissa. Tô me sentido o próprio Tom Cruise.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part

Algumas compras básicas, fotos hilárias (como esta aí de baixo), uma paradinha para sorvete na Haagen-Dasz, fomos na direção do World Trade Center.

Sem planejarmos, passamos pelos belíssimos prédios da Suprema Corte e do Correio Federal. No caminho, havia um casamento. A noiva tirava fotos, o noivo enchia a cara. Enquanto isso um simpático esquilo tranquilamente passeava num pequeno jardim.

Encontramos uma loja de 4 andares que só vendia eletrônicos, passamos mais de 1 hora lá. Dali Bob comprou seu NetBook, Larissa seu iTouch, e outras coisinhas mais. Era mais uma dose de compras. Sarlof perguntou: "mas afinal, viemos aqui para fazer turismo ou compras?". Respondemos, todos: "os dois". Assim surgia o termo "comprismo". É prejudicial ao bolso, mas faz muito bem a saúde.
O tamanho da área onde ficava o WTC impressiona. Ficamos alguns minutos parados, olhando, imaginando o quão terrível foi o 11 de Setembro e os dias (e meses, e anos, seguintes). Para quem trabalha ou vive na região, deve ser praticamente impossível passar um só dia sem lembrar. Eles já estão construindo um novo complexo no local, junto com um memorial. Falarei sobre isso no próximo post.

Precisávamos de algo mais alegre. Metrô, rumo a Times Square. O espetáculo visual é magnífico. E lá ficam os vários teatros que procuramos em vão no dia anterior. Tínhamos pouco tempo, então passeamos um pouco e tiramos fotos. No caminho nos ofereceram ingressos para show de comédia a $20 (chorando, morria por $10 cada). Um negão chegou perto de mim e perguntou se eu fumava baseado ("Do you smoke bass?"). "No thanks'. Tentou me vender um bagulho, o descarado. Será por causa das olheiras ou dos olhos vermelhos? É, ele não tem culpa.

Entramos na loja Toy Rus, um paraíso de 3 andares, com brinquedos para crianças de todas as idades. Roda gigante, esculturas feitas de Lego, super-heróis e até dinossauro. Compramos presentes para os meninos. Sarlof, bonecos do Star Wars. E fotos, várias fotos.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part

Fome, sede, cansaço. Hora de BEER and APETIZERS. No dia anterior meu amigo Júlio Shinzato, companheiro da minha 1a viagem aos EUA em 2005 (San Francisco, California, para o evento JavaOne), twittou informando do aniversário de 250 anos da cerveja Guinness. Para comemorar encontramos um Irish Pub. Ahhhh como esse tipo de lugar me faz bem. Pedimos um combinado que vinha asa de frango, bolinho de queijo, batata e frango empanado. Delicioso. Depois uma carnezinha cortada com legumes. Bebemos a irlandesa Guinness e as belgas Duvel (a melhor cerveja do mundo!!!!) e Chimay. Cabeça feita. Pedimos a cerveja da casa a garçonete Jennifer, que já havia merecidamente levado $15 de gorjeta). "On The House", é assim que se chama. Ela nos aparece com 2 canecas de Guinness cheinhas. Fizemos a maior zoada, comemorando aquele momento incrível. Ela ficou até constrangida, tadinha.

Quase meia noite, voltar. Metrô. Sarlof tava mudo... Quando soltamos na 175 ele deu um "piriri" pois precisava ir ao banheiro. Perguntamos, número 1 ou 2? Ele respondeu pálido e suando: a essa altura, os 2. Saiu desesperado perguntando pelos banheiros, que meia-noite já estavam fechados. Ninguém dava a mínima. Tivemos que sair da estação e encontramos um McDonalds. Tive que comprar uma coca para assim pedir que abrissem o mic. A faxineira fez cara feia, mas deixou Bob - que já nem raciocinava - tirar água do joelho. Daí até o hotel tivemos que ouvi-lo xingar todas as gerações de americanos, praguejando contra a nada supreendente falta de solidariedade deles.

No mini-bus encontramos mais um brasileiro que mora na região. Demos a andadinha de sempre, cheio de compras na mão. Deserto e tranquilo. 1 da madrugada, nem ladrão está na rua a essa hora. Menos cansativo que o dia anterior, excelente almoço e jantar, boas doses de comprismo, mais um capítulo da nossa aventura se encerrava.

2 comentários:

Claudinha disse...

Bom demaisssssss!!! Chegar no hotel cheio de sacolinhas, depois de comer bem e se divertir horrores (sem falar no Haagen Dasz, que dispensa comments), é igual a Mastercard: NÃO TEM PREÇO!!!!
PQP, essa foto da pizza me deu fome!
Cau

Claudinha disse...

POha, só pq tô no plantão.... a pizza ficará pra amanhã...

Cau