segunda-feira, 28 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 3

Definitivamente não é fácil viajar como blogger. Fiz isso 2 vezes pelo JavaBahia cobrindo o JavaOne. A gente fica angustiado em passar as informações ainda "quentes", então o atraso torna-se um temor. Numa viagem de férias deveria ser diferente, sem muita obrigação, mas a gente curte o processo de relatar nossas experiências e aguardar os comentários dos nossos amigos e dos eventuais e ainda anônimos que nos encontram na web. O post sobre o terceiro e último dia em New York está na cabeça há algum tempo, mas começa a sair em Washington, 1 e meia da manhã, depois de pizza, algumas cervejas diferentes e um banho ao som de Who's Gonna Ride Your Wild Horses, musíca do álbum Achtung Baby lembrada pelo U2 Cover de Curitiba, que assistimos na Groove Bar antes dessa trip maluca. Vamos ver o que consigo escrever aqui.


O sábado em Manhattan foi planejado principalmente por Bob Sarlof na noite anterior, enquanto eu blogava. Desceríamos direto para ver a Estátua da Liberdade, programa que vinha furando (e devia ter continuado, você vai saber porque) sucessivamente. Depois daríamos um rolé pelo Central Park, talvez dando uma passada em alguns museus (como o Gugelheim, que as 17h tem entrada gratuita) e concluiríamos retornando a Times Square, que tinha ficado com gosto de quero mais, quem sabe até conseguindo ver algum espetáculo na Broadway ou mesmo o Blue Man da Laffayete. Pra variar, quase tudo saiu do script.

Saímos umas 11h, mais cedo do que a média da semana. Tradicional travessia da ponte via buzu (desta vez um Frescão de 2.55 doleta/cada). Pegamos direto a linha A para uma baldeação na Chambers St (de cores diferentes, as linhas não param em todas as estações, então tem que ficar ligado nas letras e números que aparecem no mapa, ao lado de cada uma delas). Escolhemos errado, pois tivemos que sair e procurar a Chambers 1-2-3. O transfer não era integrado, teríamos que pagar mais uma passagem.

Por coincidência fomos parar de novo na região do World Trade Center. Desta vez vimos coisas que não haviam sido notadas, como a simpática igrejinha St Paul's construida em 1705 que fica exatamente em frente ao local do atentado. O prédio mais antigo de NYC sobreviveu a um grande incêndio em 1776 e testemunhou o terror do 11 de setembro. Na frente, o Sino da Esperança (tocado em todo 11/09 desde 2002, além de ocasiões como os atentados a trem e metrô de Madri e Londres), um cemitério com as lápides de pedra parecendo aqueles filmes de terror antigo e algumas placas com explicações históricas. Uma delas chamava atenção mostrando pedaços de papel e de monitores, "sujeira" pós-desabamento das torres gêmeas.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

Ao lado da igreja entramos no Memorial do 11 de Setembro, onde podemos ver a maquete e fotos simuladas em 3D do novo memorial e das novas torres (ainda maiores e mais bonitas) que estão sendo construídos no local. Impressionante como os americanos dão a volta por cima e ainda conseguem ganhar dinheiro com catástrofes (no memorial, pra variar a lojinha vendendo souvenirs como livros, canecas e bonés relacionados ao atentado). Lado de fora, Larissa já havia comprado um livrinho sobre o 11/set por $5 na mão de uma coreana. Uma dose necessária de "comprismo". Dependência é fogo.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

Finalmente achamos a Chambers certa e pegamos a Linha 1. Ainda ficamos parados uns 15 minutos, pois o trem deu defeito. Ô azar. O cansaço acumulado da viagem dava sinais visíveis. Em nosso corpo e em nossa paciência. O nível de tolerância entre nós não era dos melhores nesse dia. O dia estava frio e nublado. Essa é a razão do cachecol ridículo usado por Sarlof em algumas fotos (ele acha lindo. Gosto, cada um teu um seu....). Não tínhamos tempo nem saco para pegar a balsa e chegar perto da estátua. Usando o "zoomis" ótico de 10x da nossa máquina (na 5th Ave, Bob comprara uma Canon quase igual a nossa, e agora tá tirando a maior onda) batemos fotos de longe mesmo. Demos uma andada pelo local. Poucos ambulantes, uns malucos fantasiados de estátua para tirar fotos com turistas (principalmente os Japoneses, que parecem se divertir com qualquer coisa), um Forte redondo de paredes grossas e apenas um canhão, e até um doido vestido de Homem-Aranha-depois-da-gripe-suína. Nem lugar para comer tinha (e já era quase 4 da tarde), a não ser um restaurante caro e - pelo menos para nós - nada atrativo. Fugimos dali. Sinceramente? Achamos um porre.

De volta ao mapa do Metrô, Bob recalcula seu GPS mental. Rumo ao Central Park, soltaríamos na 86st ao lado do museu Gugelheim. Comeríamos um Hot Dog de 2 doleta para pegar a entrada gratuita. Estaria perfeito, se o museu estivesse do lado esquerdo. PQP Sarlof! Resolvemos procurar um lugar para comer de verdade. Paletada, paletada, paletada e... nada. Só prédio e nenhum Burger Heaven nem nada parecido. Passamos pela frente do Museu de História Natural, um lindo prédio, mas não achávamos a menor graça. Entramos no Central Park na altura da 70th st onde deveria estar o Strawberry Fields (da musica do Beatles; Yoko Ono homenageou John Lennon num mosaico desenhado no chão com a palavra IMAGINE ao centro). Deve ser massa, mas não fizemos questão de encontrar. Pegamos 3 dogs de 2 doleta cada e sentamos no banco, observando o movimento. Lugar realmente bonito, famílias passeando, pessoas andando ou fazendo cooper, carruagens, bicicletas. Foi interessante descansar um pouco num típico fim-de-semana no maior parque metropolitano do mundo. Voltamos a ter força. Decidimos voltar ao Metrô e descer na rua 47, região da Times Square, para jantarmos um Steak num local indicado no pequeno guia de bolso que levávamos. Mais um plano furado.
De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

À nossa direita, ao final de uma transversal, Larissa avista o que parecia um Mall. Confirmamos com camelô (que não sabíamos ser mais mal-informado que a gente) e seguimos. Lá daria para comprar, comer e ir embora. A fome era punk e a taxa de comprismo no sangue estava baixa. Era tudo o que queríamos naquela altura (umas 18:30h). Nossa energia também. Só que chegamos foi no teatro da orquesta filarmônica. Bela região, mas nada de shoppping. "Vamos arranjar um lugar para jantar por aqui mesmo?", ela sugeriu. Concordamos, pois sentíamos que algo de bom nos esperava. Na ida para o Shopping Imaginário (será que estávamos tendo miragem?!) tínhamos avistado algumas opções, então retornamos. O Café Fiorello's chamava atenção. Com mesas também do lado de fora (na parte de dentro só teria mesa a partir da 19:45), lembra muito os bares/restaurantes que ficam em Copacabana. Estava cheio e frequentado por pessoas mais velhas e da cidade (não pareciam turistas, tampouco compristas), aqueles que aparentam gostar do que é bom. Os pratos eram vistosos e bem servidos. Os preços mais caros, mas não proibitivos, ainda mais para 3 baianos que passaram um Shit Day ("Dia de Merda", era como estávamos "carinhosamente" e bem-humoradamente - toda trajédia tem seu lado cômico - nos referindo àquele sábado xôxo). Sentamos do lado de fora. Larissa avistou um casaco esquecido na cadeira e avisou ao garçom. Eram mantas pretas, disponíveis em todas as mesas (depois é que notamos isso) para quem sentisse frio. A gente não tinha como saber, né?

Sentar ali foi uma das melhores decisões que tomamos até então na viagem. Alissia, simpaticíssima garçonete casada com um peruano, nos atendeu com o maior sorriso. O friozinho pedia vinho. Escolhemos o Pinot-noir (lembrei do meu amigo Daniel deOliveira) Lambrusco. Caiu como uma luva. Para o rango Lari e Bob escolheram carne com batata. Eu fui pouco criativo: Lasanha. O vinho entrava, as risadas saiam, enquanto recapitulávamos nosso dia "de merde". Nos emocionamos realmente quando os pratos chegaram. Minha lasanha parecia uma escultura, bem diferente do que esperávamos e totalmente deliciosa. O filet dos dois era dos Deuses. Outra garrafa de vinho ($42 cada). Valia. Cada chegada em nossa mesa brincávamos com Alissa, que aprendia mais um pouco de português. Ela e seu marido em breve iriam à Argentina de férias e estavam pensando em passar um fim-de-semana no Brasil, talvez Sampa. Contamos a ela que parecia com New York, só que sem mar. Ela disse "New York eu já tenho". Convidamos ela para conhecer a Bahia. Dessert: pedimos um Cheese Cake gigante, que dava para os 3. Sensacional. Cappucino pequeno (aqui, pois para nós é enorme), encerrávamos o "aljantar". Enfim, Alissa e o Fiorello's salvaram nosso dia.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

Andamos uma quadra. Metrô, ônibus, ponte. Achamos facilmente um taxi para chegarmos ao hotel (nada de andada noturna desta vez). O gigante John estranhou entrarmos dizendo "Good night". "Só os jamaicanos falam isso". Ficamos confusos. Nos explicou que Boa Noite era só na hora de ir embora. E "Good Evening"? Também não é bom. A partir de então só dizemos "Hi!". Combinamos com ele no dia seguinte as 10 horas da manhã, para irmos ao aeroporto de Newark pegarmos o carro em direção a Washington, uma nova etapa da trip. John viria com seu carro próprio, dando uma volta na companhia de táxi que ele trabalhava. Isso ainda vai render, aguarde.

Nossa passagem por New York registrada nas fotos, filmes e memória. Ainda ficou muito por fazer, mas com toda imperfeição foi totalmente perfeito. Um dia, quem sabe, voltaremos.
De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 3rd Part

domingo, 27 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 2

A 6a-feira em New York prometia. Pela manhã Bob e Larissa planejavam o dia enquanto eu blogava sobre o show do U2 no Giants. Queríamos ver Chinatown, Little Italy, Estátua da Liberdade, World Trade Center area, Tribeca, Soho e Times Square. Saindo do hotel quase meio dia é óbvio que não conseguimos cumprir esse objetivo né? Saiba como foi.

Já experientes em atravessar a ponte, isso não foi difícil. Dentro do metrô pegamos o mapa e revisamos o intinerário. A idéia deles era até boa, mas incompatível com as linhas do metrô, que cortam Manhattan na vertical. Íamos ficar em zigue-zague. Fui meter o bedelho, então começamos uma discussão homérica com direito a platéia. Eu nem levantava a cabeça, mas sabíamos que estávamos sendo observados. Algum tempo depois chegamos num consenso, começaríamos por Chinatown, desceríamos de metrô para ver a Estátua e pegaríamos a Linha 1 para a Times Square. Se desse, passariamos por Tribeca. Demos muita, muita risada de nós mesmos com a agonia que fizemos.

Soltamos na Rua Lafayette e, por minha culpa, pegamos - por pouco tempo - o sentido contrário. De repente percebi que a Broadway (que corta Manhattan) estava "do lado errado". Não foi de todo ruim, pois descobrimos o teatro onde passava o espetáculo Blue Man, que marcamos de ir no dia seguinte (e, é claro, não fomos). Descendo a Lafayette, sugeri que pegámos a Mott St, por onde chegaríamos em Chinatown. Lugarzinho suuuuper simpático, com um público bem eclético, estilho "new age". Vimos um "casal" estranhíssimo de orientais: um corôa de cerca de 1.60m, cabelos grisalhos e seu "companheiro" de 1.90, de cabelhos vermelhos e pernas tornas (tipo Cascatinha, personagem do Chico Anísio, saca?). Exclamamos: "Esse lugar é bem alternativo!".
Eu, com camisa de San Francisco, e Bob com essa bolsinha atravessada estávamos bem adequados ao local.

Numa despretensiosa esquina vimos uma Cantina Italiana bem frequentada, com gente na espera e uma foto de Mona Lisa segurando uma pizza. Visivelmente era uma daquelas preciosidades imperdíveis que se encontra numa viagem. Não sosseguei enquanto não entramos. Durante a espera, bebemos uma deliciosa cerveja chamada Brooklin Ale. Descobrimos que estávamos na pizzaria mais antiga da América: A Lombardi's existe desde 1905. Pedimos uma pizza grande 1/2 Pepperoni, 1/2 Meat Ball (almôndega). Minino.... sem dúvida uma das melhores que comemos na vida. Ao final, um cremoso capuccino. O dia por mim podia acabar ali. Já tinha valido a pena. Mas era só o começo.

No início de Chinatown metade da rua estava isolada no que parecia ser a gravação de um filme de 2a categoria. Os aromas e as esquisitices são bem característicos (aonde você vê alguém vendendo sapo vivo num balde?).

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part


Muitas lojinhas para comprar lembranças. Por 5 doleta, comprei um óculos tipo Top Gun, segundo Larissa. Tô me sentido o próprio Tom Cruise.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part

Algumas compras básicas, fotos hilárias (como esta aí de baixo), uma paradinha para sorvete na Haagen-Dasz, fomos na direção do World Trade Center.

Sem planejarmos, passamos pelos belíssimos prédios da Suprema Corte e do Correio Federal. No caminho, havia um casamento. A noiva tirava fotos, o noivo enchia a cara. Enquanto isso um simpático esquilo tranquilamente passeava num pequeno jardim.

Encontramos uma loja de 4 andares que só vendia eletrônicos, passamos mais de 1 hora lá. Dali Bob comprou seu NetBook, Larissa seu iTouch, e outras coisinhas mais. Era mais uma dose de compras. Sarlof perguntou: "mas afinal, viemos aqui para fazer turismo ou compras?". Respondemos, todos: "os dois". Assim surgia o termo "comprismo". É prejudicial ao bolso, mas faz muito bem a saúde.
O tamanho da área onde ficava o WTC impressiona. Ficamos alguns minutos parados, olhando, imaginando o quão terrível foi o 11 de Setembro e os dias (e meses, e anos, seguintes). Para quem trabalha ou vive na região, deve ser praticamente impossível passar um só dia sem lembrar. Eles já estão construindo um novo complexo no local, junto com um memorial. Falarei sobre isso no próximo post.

Precisávamos de algo mais alegre. Metrô, rumo a Times Square. O espetáculo visual é magnífico. E lá ficam os vários teatros que procuramos em vão no dia anterior. Tínhamos pouco tempo, então passeamos um pouco e tiramos fotos. No caminho nos ofereceram ingressos para show de comédia a $20 (chorando, morria por $10 cada). Um negão chegou perto de mim e perguntou se eu fumava baseado ("Do you smoke bass?"). "No thanks'. Tentou me vender um bagulho, o descarado. Será por causa das olheiras ou dos olhos vermelhos? É, ele não tem culpa.

Entramos na loja Toy Rus, um paraíso de 3 andares, com brinquedos para crianças de todas as idades. Roda gigante, esculturas feitas de Lego, super-heróis e até dinossauro. Compramos presentes para os meninos. Sarlof, bonecos do Star Wars. E fotos, várias fotos.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK - 2nd Part

Fome, sede, cansaço. Hora de BEER and APETIZERS. No dia anterior meu amigo Júlio Shinzato, companheiro da minha 1a viagem aos EUA em 2005 (San Francisco, California, para o evento JavaOne), twittou informando do aniversário de 250 anos da cerveja Guinness. Para comemorar encontramos um Irish Pub. Ahhhh como esse tipo de lugar me faz bem. Pedimos um combinado que vinha asa de frango, bolinho de queijo, batata e frango empanado. Delicioso. Depois uma carnezinha cortada com legumes. Bebemos a irlandesa Guinness e as belgas Duvel (a melhor cerveja do mundo!!!!) e Chimay. Cabeça feita. Pedimos a cerveja da casa a garçonete Jennifer, que já havia merecidamente levado $15 de gorjeta). "On The House", é assim que se chama. Ela nos aparece com 2 canecas de Guinness cheinhas. Fizemos a maior zoada, comemorando aquele momento incrível. Ela ficou até constrangida, tadinha.

Quase meia noite, voltar. Metrô. Sarlof tava mudo... Quando soltamos na 175 ele deu um "piriri" pois precisava ir ao banheiro. Perguntamos, número 1 ou 2? Ele respondeu pálido e suando: a essa altura, os 2. Saiu desesperado perguntando pelos banheiros, que meia-noite já estavam fechados. Ninguém dava a mínima. Tivemos que sair da estação e encontramos um McDonalds. Tive que comprar uma coca para assim pedir que abrissem o mic. A faxineira fez cara feia, mas deixou Bob - que já nem raciocinava - tirar água do joelho. Daí até o hotel tivemos que ouvi-lo xingar todas as gerações de americanos, praguejando contra a nada supreendente falta de solidariedade deles.

No mini-bus encontramos mais um brasileiro que mora na região. Demos a andadinha de sempre, cheio de compras na mão. Deserto e tranquilo. 1 da madrugada, nem ladrão está na rua a essa hora. Menos cansativo que o dia anterior, excelente almoço e jantar, boas doses de comprismo, mais um capítulo da nossa aventura se encerrava.

U2 EUA TRIP - Desbravando New York - Dia 1

De U2 EUA TRIP - NEW YORK

Depois da grande noite anterior não havia como acordar cedo. Combinamos sair "na hora que desse". Precisávamos cruzar a George Washington Bridge e fomos ao ponto de ônibus em frente ao posto de gasolina próximo ao hotel (onde compramos o rango - sanduíche de microondas - após o show do U2, esqueci de citar esse fato). Logo chegou um mini-bus express. Como todo homem, eu não gosto de pedir informações, mas por segurança senti vontade de perguntar ao casal da frente onde seria melhor soltar para pegar o metrô. "Excuse me", iniciei. "Pode falar em português, sou brasileiro". Caímos na risada. Zé Luis e Silvia estavam há duas semanas por aqui, na casa de algum parente. Ela tinha arrastado ele (que estava sem a menor vontade de sair) para aquele último dia em NYC. Nos deram várias dicas boas, as melhores delas sobre como interpretar o mapa do metrô (tem uns truques, voltaremos a falar sobre isso) e sobre como pegar o ônibus de retorno. $2 para cada e estávamos do outro lado da ponte.

Descemos todos juntos na estação da rua 175 e, com a ajuda de Zé, compramos o bilhete do metrô na maquininha ($8, 4 passagens; Se comprássemos avulso, $2.25 cada). Soltamos na 59 st (o casal amigo soltou antes, mal deu para nos despedirmos e - foi uma pena - não conseguimos pegar o contato deles), na ponta sul do Central Parque, de onde iniciaríamos uma caminhada pela 5a avenida chegando até a Broadway.

Tiramos algumas fotos, Bob comprou um quadrinho legal e bem colorido da Times Square, que conheceríamos no dia seguinte (pagou 18 doleta; no vizinho tava por 15, quem mandou não pechinchar!? Depois apareceu por $30, aí ele ficou feliz...). Várias carruagens (comentário pertinente de Bob Sarlof: "Nova Iorque fede". "A cavalo", complementamos) para quem quiser dar um passei estiloso (na faixa de $30/hora), o que não era o caso. Alguns caras alugando bicicleta a $15/hora, mas dava para barganhar. Um ônibus de teto aberto para turistar fazer City Tour passou ao nosso lado, com uma mega foto do Pelourinho e da Praia do Forte. Corremos e registramos o momento.

Chegando na 5a vimos logo o cubo de vidro da AppleStore. Entramos. Cada um para seu lado, parecíamos criança. Saí com o MacBook do meu irmão. Larissa com seu Purple iPod, que mais tarde seria trocado por um iTouch, num escambo com Bob. Dentro da loja Bob conseguiu finalmente acesso wifi com seu Tablet PC (que eu venho chamando de Tablet PiCa, pq não conectava com nada essa B!). Falamos com a família via Skype pagando R$2 por 5 min.

Saindo da Apple, descendo a 5a, os arranha-céus começam a ficar maiores. Passamos pela Trump Tower, onde os humilhados-mas-famosos-aprendizes são demitidos! Entramos na loja da Disney, muito legal por sinal, onde rolaram umas comprinhas básicas e algumas fotos legais. Todo mundo vira criança. Ao lado achávamos que era a loja da Coca-cola e tentamos entrar. Barrados: "Employees Only" os disse o simpático (pra não dizer o contrário) segurança. A essa altura a fome batia segura (não tomamos café da manhã) e procurávamos algum local para rangar. Numa das transversais, Larissa avista Restaurant. Paramos e olhamos. "Burgers Heaven". Perfeito. Uma senhora na esquina exclamou "It's Good". Era o estímulo que faltava. Detonamos 5 Heineken e comemos, segundo Sarlof, "o melhor hambúrguer do mundo" (que ele "engoliu" enquanto estávamos na metade). Estava sensacional mesmo. Recarregou nossas energias, fisiológicas e espirituais.

De volta à paletada, chegamos à BestBuy, outro paraíso de compras de eletrônicos. Mais algum tempo investido e dinheiro gasto. Mais à frente, demos uma quebrada para ver a Grand Central Station, estação de trem famosíssima, cenário de alguns filmes (lembra dos Intocáveis?). Construção impecável, o vão principal é lindíssimo. Tiramos algumas fotos sensacionais, como esta digna de poster.

No caminho passamos na frente da Biblioteca Púbica, entramos rapidinho na Saint Patrics Church e tomamos um tradicional sorvete de casquinha. Mais abaixo deveria estar o Empire Building. Alguém acredita que quase passamos batido por ele? Não fosse o mini-guia de New York que estávamos na mão, teríamos perdido. Olhamos para cima e fizemos o registro.

Adiante, e o cansaço batendo federal. Seguíamos alguns conselhos da revista Viagem, por isso queríamos chegar ao encontro da 5th Ave com a Broadway, esperando começar a ver a região dos teatros. Maldita revista, pois descobriríamos depois que os teatros ficam bem mais em cima, na região da Times Square. Mesmo assim não foi de todo ruim. Larissa e Bob pararam na loja de maquiagem M.A.C. Ele para comprar batom (disse que era presente. Hummm, sei não...), ela não tinha nada específico mas conseguiu deixar cenzão por lá, com direito a maquiagem feita por um - é claro - gay. Aliás, o segurança parecia ser o único Homem que trabalhava ali. De tão sério ele mal piscava o olho, afinal deve ficar puto de viver no meio daquela bicharada e piruada. Coitado...

Quando as pernas começavam a desobedecer Larissa viu uma pizzaria na esquina. Paramos só para um refri. Tava bem sujinho o local (segundo Bob, o banheiro era um lixo), mas eles mostravam várias fotos de famosos na parede para quem sabe enganar os trouxas (mas a pizza bem que parecia gostosa....). Planejamos o nosso retorno, que envolveria mais uma andada que valeria a pena. Encontramos um belíssimo arco no caminho, comemorativo do centenário de George Washington como presidente dos EUA. Parados antes de atravessar a rua, vimos uma coroa já meio gordinha vindo de bicicleta, quando tomou a maior fechada de um motorista de táxi. Ela olha para o lado e solta, na maior naturalidade "Fucking Gay Cabbo!". Hahahaha... aprendemos um novo xingamento que agora faz parte do nosso incrementado e internacional repertório.

Metrô e depois ônibus, atravessamos a ponte e paramos na Route 4, a poucos metros do nosso hotel porém do lado contrário. Precisamos subir um viadutozinho num local bem deserto e escuro. Descemos para a estrada novamente, mas Larissa deu uma estressada e parou no ponto de ônibus, que logo apareceu. Entramos e mal deu tempo de pagarmos (nem 1 minuto de "viagem", ele dobrou a esquina e chegamos). O "motô" até nos cobrou mais barato, afinal devemos ter batido o recorde mundial do "menor trecho percorrido de ônibus". Passada a zanga, mais uma vez paramos no posto de gasolina, para a derradeira refeição. Sugeri comida mexicana (Burrito), que seria preparada no microondas do hotel. Não é que estava bem bonzinho esse troço?

Exaustos e felizes, dormimos. Teria muito mais em NYC esperando por nós.

sábado, 26 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Nacionalidades, Pechinchas e o 1o Show no Giants (2a parte)


A entrada no Giants Stadium não poderia ter visão melhor. De frente para o palco. Na primeira impressão que tive, ainda no tunel antes de chegar ao campo, exclamei "Zorra, é pertinho! Daqui já estou vendo melhor do que no show do Morumbi". Estávamos arrepiados e gritamos emocionados.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK
A banda Muse já tocava (o som é muito legal por sinal, vou procurar saber mais sobre eles), mas pista e arquibancada estavam a menos de 1/3 da capacidade (O estádio é menor do que eu esperava, mas ainda assim é beem maior que o nosso PituAÇO). Nos posicionamos estrategicamente e confortavelmente à frente da Red Zone, a uns 3 metros. De repente começo a ver pessoas com cerveja na mão (Bud Light). Nas laterais umas barraquinhas vendendo bebida em garrafa plástica, coisa que nunca vimos no Brasil. Peguei uma Budweiser. Os 8 dólares mais bem pagos do mundo! Fiquei pensando: "Esses filhos da mãe ficam dando avisos sonoros do lado de fora dizendo que não pode beber dentro do estádio, só para morder grana dos desavisados como nós".

De U2 EUA TRIP - NEW YORK

Cerca de 9 da noite estava tudo pronto para começar o U2. O estádio beem mais cheio, mas na pista ainda tínhamos conforto. Um grupo de amigos ao nosso lado me utilizava como referência quando alguém precisava sair ("Procura o cara de camisa amarela"). Disse para eles que cobrava $10 a cada 1/2 hora para servir de "sinalizador". Um deles era da Philadelphia. Comentei que provavelmente passaríamos por lá e pegamos umas dicas. Perto de Bob tinha 3 "bibas-véias" se encostando. Ele não estava muito feliz com isso...

Show Time. O espetáculo começava com Breathe e nós 3 entrávamos em delírio! Chamava atenção a frieza das pessoas em volta, praticamente paradas olhando, como se ver o U2 de perto fosse algo trivial. "No Brasil isso aqui estaria uma loucura", os 3 pensávamos ao mesmo tempo. Isso tem a vantagem do conforto, mas a gente sente falta daquela histeria-coletiva-latino-americana. O show vai numa crescente (veja nesse link a lista completa de músicas tocadas) gradativamente nos colocando num estágio de Nirvana total. Vamos destacar aqui alguns momentos marcantes.

  • Magnificent, a 2a música do show, a preferida de Larissa. Com todo respeito a Breathe, esta deveria ser a abertura!
  • Stuck in a Moment, só com The Edge ao violão e Bono no vocal, uma chuvinha começando a cair. Algumas lágrimas também.
  • I'll go Crazy - os caras fizeram um remix sensacional, perfeito para uma pista de dança. Entramos em delírio total!!
  • Sunday Bloody Sunday - sempre.
  • Walk On - Foi feita uma homenagem a Aung San Suu Kyi, democraticamente eleita a lider do Burma, que passou os últimos 20 anos em prisão domiciliar. No palco, entraram anônimos usando sua máscara (saiba mais aqui). Larissa ama essa música. Se emocionou bastante. E nós também.
  • Where The Streets Have no Name - Minha favorita. Ápice do show. Tears like a child.
  • With or Without You - Momento Bob. Único.
  • Moment of Surrender - A que mais gosto do último álbum. O fim do show. A vontade de estarmos nos próximos.

Pessoas. Um capítulo a parte. Conhecemos o simático casal Braddy e Beca, que vieram de Kentucky, 1 hora e meia para ver o U2 e voltar. A brasileira Olívia, simpática mineira que conversou bastante com Larissa, nos deu algumas dicas sobre New York e ficou doida de vontade de nos acompanhar nos outros shows. O homem-siri, o corôa véio muito doido (de vez em quando ele se abaixava para dar um pau em sua marijuana) que dançava parecendo borboleta, com a mãozinha "piscando" parecendo a famosa dança do Pânico na TV. O corôa véio aviadado (parecia o Tiozão do Churrasco do Rock & Gol MTV) que ficava perto de Bob, esperando que ele fizesse um "terra". Bob colocou a mochila na frente para se proteger. O véio ficou magoado e foi para o lado, procurar outra vítima.

Voltar para o Hotel era um novo desafio. Táxi era beem difícil. De trem e ônibus não tínhamos ideia se era possivel. Ligamos para o SamSung Limo, achando que seria o mesmo cara que nos trouxe. Atende um cara falando um inglês horrível, repeti 3 vezes o nome e o número do celular de Bob e pedi o taxi em nome dele: C-A-R-L-O-S. Marcamos no portão D. Quase 1 hora depois (nesse tempo comemos uns Pretzels gigantes queimados e salgados, a $4 cada. O que a fome não faz) e nada de taxi. Ligamos. O motorista foi parar no Portão B (de novo essa merda de confusão entre B e D). Onde estávamos estava bem deserto. Ficamos preocupados.

Finalmente aparece um Japa (sul-coreano, pra dizer a verdade) com uma placa da SamSung Limo escrito: Sarlof. Alguém com esse nome pediu taxi?! Respondi que sim, ainda sem entender como Carlos virou Sarlof. Entramos. Ufa. Ahhhhhh...... caiu a ficha. Na hora que soletrei o cara trocou o C pelo S, do início, e o s pelo f do final. Comentamos com o simpatico e educado motorista. Ele disse que o rapaz da central telefonica da SamSumg falava um inglês péssimo (deu pra perceber). Demos boas risadas. Era o Grand Finale deste que foi certamente um dia inesquecível em nossas vidas.

De U2 EUA TRIP - NEW YORK
Bob Sarlof, o novo personagem desta incrível trip

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Nacionalidades, Pechinchas e o 1o Show no Giants (1a parte)

Chegamos em New York 9:30 da manhã, eu no JFK Airport, Larissa e Bob no LaGuardia. Peguei um Shuttle pagando US$15 (2 de "tip"; quando a gente não dá gorjeta eles ficam bravos!). Do LaGuardia, a primeira história pitoresca. Pegamos um Táxi com um indiano que falava um inglês mais do que embolado. Ele abriu um livrinho com os trechos e taxas. Queria nos cobrar $72 para ir ao Holiday Inn, em Fort Lee - New Jersey, logo depois da George Washington Bridge que liga com a parte norte de Manhattan. Eu tinha feito uma pesquisa usando o World Taximeter e vi que pela distância isso não daria mais de $40. Perguntei porque ele não ligava o taxímetro. Saímos do táxi. Conversa vai e vem, agora já envolvendo um fiscal, eles nos explicaram que atravessando a ponte cruzamos a fonteira inter-estadual, então a tarifa dobra. Solução? Combinamos de ir no taxímetro e ele nos deixar antes da ponte (e ele ainda nos disse "Good idea"!). Pagamos $30, incluindo $2.50 da famigerada Tip. Como atravessar a ponte, agora?

Andamos 1 quarteirão e vimos uns mini-ônibus. US$2 cada um (era #1.25, mas o cara alegou que as malas estavam ocupando lugar). Uma discussão danada entre o motorista e o fiscal (ambos pareciam mexicanos) que estava do lado de fora (numa língua enrolada danada, misturando castelhano, inglês ou outra coisa qualquer ininteligível, talvez um dialeto local de imigrantes) , porque a gente queria ir até o Hotel e o buzu parava antes. Dissemos que tudo bem, pegaríamos um taxi do outro lado, mas o fiscal invocou e queria que a gente saísse. Uma senhora atrás de mim tentou nos explicar a confusão; dissemos a ela que queríamos atravessar. Ela interveio e assim seguimos. Ela era uma cubana que foi mora nos EUA há 42 anos (desde os 10) e nunca mais voltou lá. "Enquanto Castro estiver vivo, não volto. Ele é o demônio". Contei a ela do nosso querido ACM e conversamos que o Diabo não quer concorrência aceitando esses caras por lá. Ela nos sugeriu ficar espertos em NYC quanto a gente querendo nos enrolar. Contamos a ela com o ocorrido no Taxi. Ela sorriu e disse "Beautiful! You're prepared to visit New York". Nossas pesquisas internéticas deram resultados. Já do outro lado pegamos outro táxi com um cara, segundo Bob, WASP (White Anglo-Saxon and Protestant). Caladão, nos deixou na porta do hotel por $10. Custo total de transporte LGA -> Hotel para 3 pessoas: $46.

Nossa peregrinação. View Larger Map

Chegamos ao hotel cerca de 12:30. O check-in começava as 15. Demos uma chorada no ouvido do recepcionista. Alfredo, um simpático rapaz originário da República Dominicana, se sensibilizou com nossa situação (quase 24 hora em trânsito) e nos deixou entrar mais cedo. Quando soube que éramos brasileiros ele disse já ter experimentado comida brasileira: coxinha de galinha e guaraná. Falamos para ela da nossa moqueca. Da próxima vez ele experimenta. Quartos grandes, limpos e confortáveis! Depois de um bom banho, almoço que pedimos por telefone (Alfredo nos salvou de novo, comemos massa, frango e almôndega, $22 no total) e uma rápida cochilada, show do U2! Como chegar até o Giants? Pesquisas na internet do computador do hotel (uma carroça toda bichada usando Windows XP). Desistimos. Táxi. Alfreeedoooo! Ligaram para a SamSung Limo. Fomos ao Giants no maior carrão com um motorista sul-coreano pagando $40 ($35 da taxa, $2 de pedágio e a tal da Tip). Agora a nova fase, pegar os ingressos comprados no eBay com 2 pessoas quem nem sequer sabíamos o nome. Ao nosso favor a Camisa Amarela do Brasil, a senha para encontrarem a gente na frente do Will Call Office, local de entrega de ingressos comprados pela Web no Ticketmaster.

Era certa de 16:50 quando chegamos no portão D. Supostamente 2 ingressos estariam no Will Call (Gate D). Perguntei e... nada. Rodei, rodei, rodamos, ..., ninguém. Perguntei de novo expliquei a situação. Resposta: Não intermediamos troca de ingressos. Fudeu, pensamos. Internet. Onde? Lembrei de Renê, um brasileiro que estava na tenda de exposição do BlackBerry (patrocinador oficial da turnê). Usei um deles (bem legal por sinal) para tentar contactar o cara que vendeu. Nada.... até que enfim aparece um cara e pergunta se eu tinha comprado ingressos de Kevin Avera (era um amigo dele, que participava da missão de me encontrar!) O nick era avera13 então sorri e disse: "Finally!". Fomos ao encontro dele (um norte-americano típico, altão, meio galego e branquelo-mas-vermelho-de-sol) e, 2/3 dos problemas resolvidos.

O ingressos de Bob viria duma mulher de nick purplestar17. Tentamos ligar várias vezes para o número passado por e-mail. Nada. Descobri depois de um tempão que estava faltado colocar o codigo do país. As 17:30 ela atende dizendo que estava a caminho e chegaria em 25 minutos. 50 se passaram e, nada. Ligávamos várias vezes, não mais atendia. Finalmente quase 19h conseguimos falar. A miserável já estava lá dentro. E no Portão B. Corremos para lá, ela saiu (de Purple Star não tinha nada, a gordinha feiosa. Bob tava mais do que puto com a muié e a xingou de tudo que foi nome, sem ela saber, claro).
19:15, Ingressos na mão, show do Muse começando e... bico seco. Nenhuma cerveja em solo americano até então. O Muse podia esperar, precisávamos relaxar. Atravessamos uma ponte que parecia ligar a um shopping. Depois da paletada monstra o suposto shopping era um complexo esportivo que estava fechado. Nada de beer. Voltamos tudo, de bico seco. Compramos 3 águas a $3 cada (eita roubo) numa barraquinha da Coca-cola, na frente da nossa entrada (se fosse no Brasil, o entorno do local estaria cheio de cambista, churrasquinho de gato, isopor de cerveja/refri/ágil, vendedores de camisas/souvenirs"genéricos". Nos EUA é a maior monotonia...). Bom, estávamos prontos.

Hora do Show!
(continua no próximo post)


terça-feira, 22 de setembro de 2009

U2 EUA TRIP - Os preparativos

Foi em meados de abril que tomamos conhecimento do início da U2 360 Tour. Ficamos doidos! Eu, Larissa, Bob (que tínhamos ido ao 2o dia de show do Vertigo Tour em Sampa, em 2006), Cláudio (que tinha ido no 1o dia) e Vanuska (sua esposa). No site oficial da TicketMaster procuramos ingressos no Canadá, nossa 1a opção, mas já estavam esgotados. Váááárias outras opções nos EUA e Europa. Os homens preferiam a Alemanha, mais especificamente em Gelsenkirchen (em 03/08), pois Cláudio tem grandes amigos por lá. Para mim a atração adicional seria beber os mais diferentes tipos de Cerveja da região, além de ter outros shows legais na mesma época (ex: Living Colour, na Holanda, por uns US$60). As mulheres estavam preferindo Nova Iorque, adivinha por que? Claro, Compras.

Ir aos EUA só para ficar em NYC (que nenhum de nós conhecia ainda) e assistir a 1 show do U2 nos parecia pouco (Na Virgínia eu e Larissa descobrimos Charlottesville, cidade simpática, estádio pequeno, com muitos ingressos disponíveis em local privilegiado - queríamos ficar perto da banda, lembra do pacto pós show de Sampa que escrevi no post 1?). Olhando a agenda de shows nos EUA, em uma reunião num domingo à noite, finalmente vimos A LUZ!

Por que não alugamos um carro e seguimos os caras pelos EUA? Shows em New York, Washington, Charlottesville, passagens opcionais por Philadélphia e/ou Baltimore. Todos os olhos brilharam! Estava decidido. Montamos um roteiro de 12 dias, compramos os ingressos de Charlotte (a US$250, na arquibancada inferior, ao lado do palco, pertinho da Red Zone) e Washington (este a US$30, ao lado do palco porém lá no alto. Só queremos é estar lá dentro!) e desde então começamos uma busca incansável por bons preços de passagem, hospedagem e aluguel de carro.

Temos conseguido peripécias incríveis, que em breve merecerão um post exclusivo para explicar as dicas. Passagens ida e volta a R$1385 (isso mesmo, REAIS); hospedagem em Holiday Inn 3 estrelas pagando a diária do quarto duplo US$70 em New Jersey, pertinho de Manhatan, a US$50 a 13 milhas do centro de Washington e a US$80 o quarto triplo num confortável chalé em Charlottesville; Aluguel de carro compacto a US$261 a semana (domingo a domingo) com seguro completo incluído. Estamos ficando especialistas em barganhas, mas mantendo o conforto! ;-D

De abril para cá nosso grupo inicial de 6 pessoas reduziu à metade. O casal Claudio e Vanuska teve problemas com agendamento de férias com o sócio dela. Uma amiga de Larissa, que chegou a comprar ingressos de 2 shows, também pulou fora alegando despesas com um novo apartamento. Longe de mim jogar praga em alguém, mas tenho a leve impressão que eles vão se arrepender. Curtiremos por eles.

A parte turística ficou mais com minha esposa. Consegui também umas dicas com um casal de amigos que recentemente morou nos EUA durante um ano. Melhor do que mostrar os planos (tudo pode mudar no decorrer da viagem) é ir contando (e mostrando as fotos!) as nossas experiências reais. Isso pretendo fazer por aqui neste blog, com o intuito principal de compartilhar essa VIAGEM com nossos amigos e outros fãs do U2. Como consequencia acho que teremos aqui algumas dicas de viagem para esta região dos EUA.

Mas... eu vinha falando em 3 show, mas só citei a compra de ingressos em 2 cidades. Nesses locais conseguimos pelo site oficial, mas falta o show de Nova Iorque. Tem muitos sites de compra e venda de ingresso (assunto para outro post), mas os valores estavam meio salgados. Não queremos ficar na arquibancada, lá em cima, como em Washington. Assim daria para pagar uns US$40. Queremos ficar é na PISTA! Para sorte nossa o show da 6a-feira, 25/09, foi transferido para a 4a, 23/09. Acho que isso fez os preços caírem e muita gente quis vender. Resultado: No eBay consegui 2 ingressos General Admission a US$132.50. Depois consegui mais um a US$90. Se tudo der certo (e dará!) estaremos em pleno estádio do Giants assistindo a melhor banda do mundo de pertinho, no meio da galera. Me arrepio só de pensar.

In New York freedom looks like too many choices
In New York I found a friend to drown out the other voices
Voices on the cell phone
Voices from home
Voices of the hard sell

Voices down the stairwell
In New York, just got a place in New York

(trecho da música New York, do U2, álbum All That You Can`t Leave Behind)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

U2 aí vamos nós!!!!

Rattle and Rum, final de 88 / início de 99 (quando o Baêa foi bi-campeão brasileiro). Com cerca de 15 anos meu gosto musical ia se consolidando. Este álbum me fez descobrir realmente o U2. Não só pelo excelente repertório, na sua maioria de canções do The Joshua Tree, uma Obra-Prima do grupo, mas também pelo show disponível em fitas VHF para assistirmos aqualquer hora nos vídeo-cassetes da época. Sempre gostei das músicas mais melódicas. With or Without You, Bad e Where The Streets Have no Name são sensacionais. Esta última no VHF do Rattle (hoje já tenho o DVD, né?!) me arrepia toda vez que vejo. É FODA logo depois da introdução, que vem crescendo até que as luzes acendam e Bono começa a cantar "I want to run, I want to ride...".

Bons tempos...

Naquela época eu jamais imaginaria assistir um show dos caras ao vivo (bem... eu assiti ao U2 Cover da época, na antiga Kripton do Jardim dos Namorados - alguém lembra disso!?), pois eles virem a Salvador, e eu ainda conseguir dinheiro para ir, era uma combinação muito remota de acontecer. Então o tempo foi passando, novos álbuns surgindo, eu sempre acompanhando a carreira da banda. Os caras estiveram no Brasil em 1998 e 2000. O mais perto que cheguei foi da TV. Mas aí veio 2006, eu já casado, com filho e com (pouca) grana. Minha esposa curte tanto quanto eu e colocamos na cabeça: VAMOS. Nem fizemos conta (se a gente pensa muito, não faz é nada...). Fiquei 5 horas no telefone para conseguir os ingressos. Fomos eu, ela e os amigos Bob e Nicola, duas figuraças.

Chegamos a Sampa no dia do 2o show, direto pro Pacaembu pegar os tickets e de lá pro Morumbi. Enchemos a cara de Chopp num Shopping próximo e fomos para a pista. Ficamos bem na frente e esperamos tanto tempo até o início que a cachaça passou. No show de abertura do Franz Ferdinand (uma bosta, por sinal, preferia muito mais O Rappa!), Larissa sentiu-se mal e tivemos que ficar mais atrás. Fiquei chateado pois tava naquela onda de ficar na frente. Na 1a música do U2 corremos (Eu e Bob, pois Nick tinha dado um perdido) para perto do palco e ela ficou na arquibancada da parte de baixo. Não conseguimos ver nada, tamanha era a multidão aglomerada perto do palco. Na 2a música senti que algo estava faltando. Voltei. Encontrei-a meia triste (assim como eu) e disse, quase chorando: "O show não é completo sem você". A partir daí curtimos, nos emocionamos, gritamos, dançamos e até corremos (eu e Bob, na hora do Where The Streets Have no Name). Não foi ruim ficarmos mais longe, pois temos uma visão mais ampla do espetáculo de Som, Luz, Cor, Banda, Platéia. Impressionante, indescritível, inesquecível. Dormimos poucas horas na casa de D. Maria José, a simpatissíssima mãe de Nick Stronda que nos esperava de madrugada com várias guloseimas) e voltamos pro trampo. Modificados. Extasiados.

Saímos de lá com um pacto: Próximo show vamos assitir fora do Brasil (de preferência em Dublin ou no Canadá, onde temos um amigo morando). E vamos ficar perto da banda! Aí se iniciava a história da U2 EUA TRIP, que começa oficialmente 22/09/2009. Vamos falar disso nos próximos posts.

Vem com a gente!